Na pitoresca localidade de Cacela, um bom restaurante de mariscos e grelhados. A feijoada de lingueirão é especialidade da casa.
Dia(s) de Encerramento: SegundasSituado numa casa secular à entrada de Cacela Velha, há mais de 26 anos que este restaurante dá a provar o melhor da ria e do oceano. Sem luxos ou grandes mordomias, faz do peixe fresco e do marisco o grande tesouro, com destaque para as ostras apanhadas ali bem perto. No verão, passa de ilustre desconhecido a local de peregrinação, tantos são os crentes nos seus pitéus algarvios.
Construída no final do século XIII, as memórias desta casa perdem-se no tempo mas ajudam a explicar o nome de um dos mais antigos restaurante de Cacela Velha, inaugurado em 1986. Na altura, os visitantes da aldeia já se perdiam de amores por este recanto junto à ria Formosa, mas quando chegava a hora das refeições eram obrigados a procurar outras paragens porque apenas havia uma pequena casa de mariscos.
Nascidos e criados por lá, os atuais proprietários decidiram então remodelar a casa de família e aproveitá-la para dar a provar a gastronomia da região. O primeiro espaço, mais pequeno que o atual, estava situado no primeiro andar, e rapidamente fez sucesso.
Quando o restaurante fez 20 anos passou para o piso térreo e aumentou significativamente a lotação, sobretudo graças a uma esplanada para 80 pessoas (para lá de um portão rodeado de buganvílias) que faz as delícias dos clientes nos dias mais quentes.
Ambiente familiar… com sogras à mistura
Junto à esplanada fica a sala interior, onde só as vigas em madeira do teto fazem lembrar a antiguidade da casa. O chão e parte das paredes são em pedra (recente), enquanto a restante está pintada em branco e amarelo, cores que também sobressaem nas toalhas das mesas, juntamente com o azul.
Na decoração destacam-se várias fotografias aéreas de Cacela Velha e um canto mais humorado com quadros e azulejos dedicados às sogras. Já os candeeiros a meia luz oferecem uma tom acolhedor que complementa o ambiente familiar do restaurante, gerido por dois irmãos (José e Joaquim Garcia) e uma cunhada (Margarida Garcia).
Enquanto José coordena o atendimento à mesa, os outros dois estão à frente da cozinha e põem em prática os truques culinários que aprenderam nas gerações antigas da família, sobretudo as técnicas de preparar o marisco e os bivalves da ria Formosa, apanhados desde sempre ali a dois passos.