Restaurante com especialidades da cozinha portuguesa e brasileira, oferece uma excelente vista panorâmica sobre a cidade. Serviço profissional e requintado.
Acessos: Metro: Marquês de PombalTiara Park Atlantic Lisboa, num restaurante mas como em nossa casa
Partindo da velha máxima de que não há sítio onde nos sintamos melhor do que no sossego do nosso lar, o restaurante L'Appart (abreviatura francesa de appartment) recria os vários ambientes de uma casa. Um restaurante elegante e aprazível, cuja divisão do espaço e a ornamentação tentam ser o mais familiar possível.
À entrada, na mesa onde agora está exposto o buffet costumam ficar as molduras com as personalidades, nacionais e estrangeiras, que visitaram o hotel. E não são tão poucas quanto isso que a mesa que até já é grande costuma estar cheia. Do hall parte-se à descoberta das restantes divisões para se escolher o que mais se identifica com cada um. Sala de estar, biblioteca, copa ou jardim de Inverno? Uma combinação singular que resulta na perfeição. E então quando a casa está cheia até parece que somos todos convidados para a mesma mesa.
Os buffets variam consoante os dias. À pescador, à avózinha ou o tradicional composto por uma secção de frios, quentes e sobremesas. Seja qual for a altura da semana escolhida, tudo é fruto de uma cozinha de autor, cuja responsabilidade tem um nome: Eddy Melo, chefe executivo premiado com medalhas de ouro que ganhou por esse mundo fora. Um atestado de qualidade, sem dúvida.
A aparência é apelativa e os ingredientes dos mais variados que se possa imaginar. Até sushi e sashimi é possível encontrar no buffet dos frios conjuntamente com as saladas, simples ou elaboradas, a charcutaria e os peixes fumados. O pormenor do tempero também não foi desprezado. Azeite da costa mediterrânea e molhos tão diferentes quanto os gostos. Três são as sugestões quentes, baseadas na cozinha tradicional portuguesa. Guarda-se os sabores antigos, mas a apresentação torna-se mais apelativa. Para conclusão do repasto, a sugestão fica a cargo do chefe de pastelaria Luís Ascensão. Grande é a variedade de sobremesas (francesas ou típicas portuguesas) como os pudins e as bavaroises ou então, escolha-se um queijo. Tudo como em casa.
Ritz, uma experiência gastronómica
Subtileza e eficiência, assim se define a excelência de um serviço que se quer perfeito, ou pelo menos, irrepreensível, num hotel que há mais de 50 anos serve de cartão de visita de Lisboa. Apesar de antigo, mantém o ar institucional que convence pelo bom gosto. O restaurante Varanda, onde também são servidos os pequenos-almoços e jantares, fica no extremo oposto da entrada, o que implica que tenhamos de atravessar todo o hall. Ao longo desta curta caminhada, não deixamos de reparar nos quadros, tapeçarias e vasos que fazem parte do espólio artístico do hotel. As obras de arte são tantas que o hotel até compilou um livro sobre o assunto.
Finda a observação, entra-se no restaurante, onde nos espera o mais requintado buffet de Lisboa. O espaço é amplo, luminoso, e cheio de glamour. Este é o local predilecto de muitos industriais, banqueiros, embaixadores, advogados e alguns políticos mediáticos. A única desvantagem para os homens de negócios é que sabem ser proibido cá vir sempre que pretendam realizar algum acordo empresarial. É que sendo este um restaurante tão frequentado torna-se impossível guardar um segredo. E ao fim-de-semana, muitos destes clientes trocam as gravatas por pullovers e regressam com as suas famílias a este restaurante, que nesta altura assume um ambiente mais informal.
Passando ao buffet propriamente, até na forma como foi servido houve um cuidado especial de apresentar as doses em pequenos pratos individuais. O que implica que toda uma legião de empregados passe o almoço a entrar e a sair da cozinha para repor as doses em falta. Porém, nem sempre os pratos tiveram esta apresentação e quando se processou a mudança para as doses individuais, não faltaram alguns clientes que se reclamassem da escassez da comida. É que gostos são gostos e os portugueses gostam de ter o prato bem aconchegado. São costumes da nossa tradição culinária.
O cozinheiro francês, Stéphane Hestin, apesar de também confeccionar alguns pratos portugueses, pauta-se mais por parâmetros internacionais, onde cada vez mais a quantidade é preterida em relação à qualidade. E é fácil de confirmar que essa teoria é aplicada à letra. Toda a comida é feita por ingredientes frescos, começando pelas saladas, queijos ou os vegetais cozidos. Quem vem cá almoçar encontra também a sopa do dia, o peixe fresco com a garantia de que foi pescado no próprio dia para além das duas especialidades diárias do chefe. Para sobremesa os gelados, os doces regionais e a fruta da época. Isto claro, para além de ser também possível ordenar pela carta, mas ninguém o faz, pois o buffet acaba por ser suficiente, para além de muito mais rápido. A carta propriamente só ao jantar, mas aí a fasquia torna-se ainda mais elevada, pois esta equipa de cozinha tem uma ambição: conquistar uma Estrela Michelin.
Eduardo VII, o melhor panorâmico de Lisboa
Fica num décimo andar da Av. Fontes Pereira de Melo e está tudo dito. Vista espectacular que rasga a cidade a 270 graus, de oriente a ocidente, do Poço do Bispo à Lapa, do Castelo às Amoreiras, com o Tejo e a Ponte a fazer de pano de fundo. Enfim, um quadro completo da capital! Os melhores lugares são as mesas da varanda, que proporcionam vista panorâmica sobre Lisboa. É engraçado observar os carros que passam e que parecem brinquedos.
No que toca ao buffet, não há espaço para indecisões gastronómicas, pois apenas existe um prato: feijoada à brasileira. E segundo consta, foi o primeiro restaurante de Lisboa a confeccioná-la, já lá vão mais de 15 anos, quando o Director-Geral da época, após ter passado uma temporada no Brasil, decidiu importar aquela iguaria das terras de Vera Cruz. Inicialmente, apenas era servida aos sábados, mas desde há seis meses que se estendeu também às quartas-feiras e os clientes têm acudido com assiduidade. A apresentação da mesa é original, pois em vez dos tradicionais recipientes em alumínio, em cima da mesa repousam antigas panelas de ferro assentes em suportes de barro que contêm... carvão! É um método original que conserva a comida quente durante muito tempo após ter sido servida, para além do efeito estético ser bastante agradável. E se demorar muito na escolha dos ingredientes, pode ser que a mão se queixe do calor do prato que se conserva até às 15 horas. A feijoada é bastante completa, começando obviamente no feijão, passando para o arroz branco, as carnes de porco, as orelhas, salsichas, couve mineira e até há picanha para quem gostar.
Neste restaurante que se pauta pelo low profile, é fácil passar despercebido, e talvez por isso seja eleito por muitos homens de negócios quando pretendem celebrar algum contrato, assim como por alguns políticos e deputados que rumam desde São Bento até ao restaurante do Eduardo VII, quando desejam afinar a estratégia parlamentar. Findo o almoço, passa-se para o buffet de sobremesas, onde se adoça o apetite com a mousse de chocolate, o kindi ou o doce de abóbora e outras surpresas mais, conforme a inspiração do pasteleiro.