Restaurante típico do Pinhão, mantido em gestão familiar há já três gerações. A cozinha respeita a tradição local, sendo a Costela de Assuã uma das especialidades ali mais apreciadas. Há sempre um cálice de vinho do Porto para dar as boas-vindas aos clientes e o atendimento afável faz com que muitos se tornem fiéis.
Acessos: Junto à Estação de caminhos de ferro do Pinhão.Há mais de meio século, Artur José Vieira deixou a sua terra natal, no concelho de São João da Pesqueira, atravessou o Douro e instalou-se na vila do Pinhão. O "bichinho" da restauração deu frutos e já vai, hoje, na terceira geração da família.
Postal ilustrado
Chegámos ao "coração" do Alto Douro Vinhateiro, Património Mundial da Humanidade, de comboio. A primeira impressão não podia ter sido mais favorável: de um lado, o rio emoldurado por montes e vinhas e, do outro, a estação de caminhos-de-ferro do Pinhão, embelezada por 24 painéis de azulejos que contam um pouco da história da região e, claro está, do indissociável vinho do Porto.
O edifício Ponto Grande, que engloba um restaurante e uma residencial, fica a escassos metros da estação, na rua principal do centro da vila. Mesmo que não dê por ele à primeira, qualquer pessoa lhe saberá indicar a sua localização. É que a família Vieira já faz parte do "património" local.
Tradição familiar
Hoje, quem nos recebe é José Artur Vieira, mas foi o pai deste, Artur José Vieira, que dedicou a vida à hotelaria, com primor, granjeando uma reputação invejável um pouco por todo o país e até além-fronteiras.
O seu primeiro empreendimento no Pinhão foi uma tasca, de nome Grande Ponto, mas meia dúzia de anos mais tarde o negócio expandiu-se e a família inaugurou a Residencial Ponto Grande, cujo restaurante mantinha o propósito de defender os valores autênticos da gastronomia local. Mais de 40 anos depois, ainda é a viúva do fundador, Maria do Céu, que comanda a cozinha. José Artur, o seu filho, dedica à casa o tempo livre que lhe trouxe a reforma. E Ana, filha deste, assegura a chegada do testemunho à terceira geração da família.
Ao longo dos anos o espaço foi sendo actualizado, de forma a proporcionar aos comensais e aos hóspedes as melhores condições de conforto. Mas a decoração da sala procura manter-se fiel à memória dos anos 70, apostando em mobiliário de estilo em madeira maciça, no basalto e em evocações de atmosferas durienses em pintura ou azulejo. E a ementa, essa é incorruptível.
Sabores autênticos
Saiba que, embora a porta do restaurante ostente um horário convencional, os proprietários garantem que, enquanto houver uma luz acesa na casa, ninguém fica sem ser servido. À simpatia do acolhimento junta-se a oferta de um cálice de vinho do Porto, de preferência de produção caseira.