O centro tem cavalos bem treinados e proporciona passeios calmos perto da barragem para principiantes, bem como percursos mais avançados para pessoas mais experientes.
Serviços: Boxes, Picadeiro descoberto, Passeios a cavaloO acesso para a Quinta Penedo faz-se por uma estrada que mais parece um caminho particular (e que, de facto, não deixa de o ser). A paisagem é bonita, mas sobretudo saborosa, desejável. Nos pomares que circundam esta estrada sem alcatrão, laranjeiras, limoeiros, nespereiras e oliveiras partilham, sem conflitos, a mesma terra. As romãzeiras, com os frutos já maduros, deixam-nos cair para o caminho. Parece que estão a pedir para serem apanhadas. A tentação pode ser muita, mas não se esqueça que não deve pôr a foice em seara alheia. Se o dono aparecer, lá se vai a promessa de umas horas bem passadas. Pense nisso, antes de qualquer aventura. Prevenindo males maiores foi colocada numa tangerineira uma pequena placa de madeira pintada que avisa do potencial perigo: tem veneno. A sua localização estratégica (quase tapada pelas folhas das árvores) faz com que o sucesso não seja muito. Um pouco mais à frente, logo depois de uma curva, um outro placar anuncia: “Vende-se” com a incorrecta tradução em inglês: “For-Sal”, não vá algum turista passar por ali e lá se perde uma excelente oportunidade de negócio.
A quinta
A seguir, a Quinta Penedo. Treze cavalos e éguas de diversas raças passeiam-se livremente por entre árvores de fruto exóticas como mangueiras, abacateiros e anoneiras. Dá gosto vê-los. Eles é que parece que não ficam muito contentes com a presença de estranhos e sentem-se incomodados quando se chegam muito perto, especialmente enquanto estão a comer. Lá nisso são como alguns humanos, privacidade acima de tudo… A quinta está situada num espaço privilegiado: um bonito vale vestido de verde, só interrompido pelo azul claro do céu e pelo branco de algumas nuvens que pouco a pouco se aproximam, trazidas pelo vento que mete tudo em reboliço. Nos montes, a vegetação baila ao som e impacto da sua passagem. Soa a poema, mas é verdade.
O passeio
Depois de algumas explicações imprescindíveis, há que travar conhecimento com o animal, tipo uma apresentação informal. Já que se vai andar montado nele convém pelo menos que se saiba o nome e se passe e mão pelo pêlo, para amansar… Não é que os animais sejam brutos, mas têm bastante carácter e gostam de impor respeito. Feitios.
Começou o passeio. A posição convém que seja a mais correcta até porque depois são as costas que se ressentem. Mas em relação a isso, os tratadores explicam. Os cavalos vão em fila indiana, sempre acompanhados pelos cães que nos seguem para onde quer que vamos. Bonito de se ver. Tem é que se ter "pulso firme" porque de outra forma os animais podem pensar que não levam ninguém em cima e o respeito fica difícil de conseguir, principlamente quando se lembrarem de parar para comer. Para os colocar de novo a caminho pode demorar um bom par de minutos.
Depois dos vales seguem-se os montes e aqui a sensação é outra.