Krazy World Zoo

Acessos: Quem vem do norte na A2, sair no nó de São Bartolomeu de Messines, e logo na rotunda cortar para Algôz. Uma vez aí chegado, seguir as placas que indicam Krazy World.
Dia(s) de Encerramento: Não encerra
Horário de Funcionamento: Julho e Agosto: das 10:00h às 18:30 | Novembro a 30 de Março: das 10:00h às 17:30 | Resto do Ano: das 10:00h às 18:00

O Krazy World Zoo é um Zoo interativo com atividades para toda a família! Na Quintinha dos Animais poderá alimentar e interagir com cabrinhas anãs, lamas e gamos para alegria dos mais pequenos e não só! Na Terra Exótica encontrará a nova exposição de dinossauros "Somos todos família" que se encontra no reptilário juntamente com a maior cobra da Europa com 8,50 m! Pode ver e interagir com várias espécies de animais exóticos como aves, cangurus e lémures. Após a visita aos animais poderá almoçar no restaurante, assistir a uma das variadas apresentações com animais ou dar um mergulho na piscina com escorrega para refrescar. Para os que ainda tiverem energia há várias atividades como o arborismo/slide, kart a pedal, playground, passeios de pónei e de burro e o mega circuito de minigolfe com 18 buracos. Para os dias mais frios ou chuvosos encontrará uma ampla zona interior com restaurante, insuflável e palco para as apresentações com animais.

Serviços: Café/Bar, Lojas, Piscina, Restaurante, Parque infantil
Período de funcionamento: Todo o ano.
Título: Um mundo de diversões e bicharada
Morada: Lagoa de Viseu Apartado 3
Código Postal: 8365 907 ALGOZ
Tel: 282574134
E-mail: geral@krazyworld.com
Site: www.krazyworld.com
Distrito: Faro
Concelho: Silves
Freguesia: Algoz

Krazy World


Numa quinta em pleno Barrocal Algarvio, há crocodilos, cobras, tartarugas, e muito, muito mais...


N'Dalo Rocha

O show dos crocodilos

Imagine a plateia de qualquer anfiteatro com mais de duzentos lugares sentados que convergem para a arena onde existe um pequeno fosso de água com meio metro de profundidade e no centro, a ilha de terra com quatro metros de diâmetro. Até aí, nada de novo, só que lá dentro estão quatro crocodilos com cerca de dois metros e meio de comprimento cada um. E contente da vida, a confraternizar com eles o seu tratador. Não se passa nada!

Carlos é erptólago, palavrão esquisito que designa alguém que trabalha com répteis. E como tal, a sua missão é “brincar” com estas feras diariamente. Com a sua vara vai atiçando-os quase como num circo com cães amestrados, só que aqui são mesmo rastejantes. Cotucados com vara curta, como dizem os brasileiros, e nisso eles lá percebem mais de feras do que nós, lançam-se à água não sem antes abrirem a bocarra num esgar de meter respeito. O tratador ri e não parece assustado. É só espalhafato e enquanto o pau vai e vem, folgam-se as costas. Quase sem darmos conta, os animais estão controlados. Até parecem dóceis, só que as aparências iludem.

Inesperadamente, Carlos desafia a plateia a eleger alguém para entrar no circo de feras. Não há inconscientes que avancem, por isso, o voluntário tem que ser sorteado à força. A sorte grande acaba por sair a alguém que cheio de medo, lá entra, incentivado pelo público ululante que, entre um misto de espectáculo e pânico, não deixa de sentir o perigo potencial.

Surpreendentemente, de um modo autoritário, Carlos salta sobre um dos seus crocodilos e aperta-lhe as mandíbulas com força. Está dominado! Depois, pede ao voluntário da plateia que avance e coloque a mão sobre o dorso do animal. Ao contrário do que seria suposto, a pele é macia e suave. Deste modo se percebe a obsessão dos caçadores furtivos e o preço exorbitante que uns sapatos ou carteira de crocodilo podem atingir nas lojas mais chiques de Paris.

A primeira prova foi superada, a seguir, mais outro teste de fogo. “Espeta-lhe o dedo no olho.” Ordena Carlos. Hesitante, o candidato ainda se arrepende, e se o bicho se zanga e abre a bocarra? A plateia pára, fica tudo em suspenso e de repente, o dedo tremelicante do escolhido toca o olho do animal que se retrai, fechando-se automaticamente. Sem mais emoções, o escolhido volta ao seu lugar baixo a merecida salva de palmas do público. É um herói.

O show dos crocodilos que ocorre diariamente é talvez a atracção mais mediática do Krazy World que possui outros recintos com diversos crocodilos do Nilo e Aligatores americanos de dimensões bem mais generosas. Qualquer um destes amiguinhos pode superar os nove metros de comprimento e pesar umas centenas de quilos. Uma sacudidela da sua cauda derruba qualquer homem e em terra são muito mais rápidos que se supõe em distâncias curtas. Por isso, é de respeitar as normas de segurança e nunca transpor sob pretexto algum as redes de segurança. Tirando isso, é até agradável ficar a observá-los quase imóveis, a apanharem sol o dia inteiro. Sabia que bem alimentados, estes animais sobrevivem meses sem comer ao longo do seu período de hibernação?

As surpreendentes cobras

Para além dos lagartos, as cobras são a outra grande atracção do Krazy World, répteis de outro quilate. A estrela da companhia é uma Pitão Reticulada com mais de seis metros de comprimento. Não é perigosa, é só extremamente perigosa. Tem uma casa só para ela onde foram recriadas as condições ideais de temperatura e humidade, para além do pequeno tanque com água onde se refresca nos momentos de maior calor.

A sua casa, de sólidas paredes pintadas de amarelo, tem janelas a toda à volta com vidros que se não são à prova de bala, não devem andar muito longe, pelo menos a avaliar pela sua imensa espessura. O acesso a este espaço é proibido ao público em geral, mas desta vez, por ser para um jornalista, o tratador Carlos abriu a excepção, sem descurar as essenciais regras de segurança.

Abrindo a porta, pediu-me que esperasse antes de entrar. É preciso preparar primeiro a cobra, caso contrário ela ataca. A cabeça até nem é muito grande, mas a parte mais grossa do tronco deve ter uma espessura similar à da perna de um elefante. Sem exagero, assusta só de olhar.

Depois, ficamos a saber que estes animais podem elevar-se do chão até cerca de 1/3 do seu comprimento em altura, ou seja, saltar a mais de dois metros de altura, não obstante o seu peso, e isto em menos de um segundo. Dá o que pensar, pois são bastante mais rápidos que aparentam.

2004-08-10
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