No coração da Foz Velha, a casa antiga foi recuperada com uma decoração sóbria, em tons escuros, sem idade. Aqui encontramos os sabores tradicionais portugueses, recriados pelo chefe Pedro Lemos, numa ementa que se renova em todas as estações. As refeições querem-se demoradas, transformadas em verdadeiras experiências gastronómicas. Com menos tempo, pode experimentar-se a hora do chá e das guloseimas ou explorar os petiscos e a magnífica garrafeira, quem sabe sentindo a maresia no terraço.
No coração da Foz Velha, numa casa resguardada da beira-mar, os sabores portugueses transformam-se numa experiência gastronómica reveladora.
Há quem ainda lhe chame Central, a rua estreita que atravessa sinuosa a Foz Velha, muito perto do mar mas no coração da zona antiga. Pedro Lemos estava decidido a encontrar o espaço ideal nesta área, mas queria marcar a diferença pelo recolhimento, longe dos espaços de design moderno fronteiros à água.
Aqui cruzam-se dois lados desta zona nobre do Porto, a costa muito perto mas a casa escondida numa rua com história e vizinhos de outros tempos, onde nos conhecem pelo nome na drogaria e na mercearia, prontos a ajudar a qualquer instante.
Não estando num lugar de passagem, é um restaurante ao qual se decide vir e necessariamente com tempo. É assim que Pedro Lemos quer os clientes, disponíveis para se deixarem estar, com vontade de explorar a verdadeira aventura gastronómica que ele, o chefe, lhes prepara.
Os menos afoitos, pelo menos no primeiro contacto, podem escolher sabores que conhecem bem, como o polvo ou o bacalhau, ainda que sempre com o toque de criatividade do homem que lidera os destinos da cozinha.
De certo modo é como se a ementa – que se reinventa todas as estações – estivesse em simbiose com o espaço. A casa antiga foi recuperada cumprindo as exigências do IGESPAR, dado tratar-se de um imóvel classificado, e mantém a atmosfera de sobriedade de tempos idos.
A decoração em tons escuros, com móveis na generalidade neutros, exceptuando um ou outro mais antigo, respeita a atmosfera original do edifício dando-lhe um toque de actualidade. É o que sucede com a comida, os sabores são portugueses e sentem-se na sua essência, sem disfarces, mas desafiam-nos para novas descobertas.