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Espaço Talassa

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O Espaço Talassa dedica-se à observação dos cetáceos no seu meio natural, dispondo para o efeito de embarcações adequadas e de vigias onde antigos baleeiros informam a posição das baleias e dos golfinhos.

Alojamento associado: Lodge Espaço Talassa (residencial 3º categoria)
Período de Funcionamento: Durante toda a semana.
Modalidades: Observação de Baleias, Observação de Golfinhos
Morada: Rua de Baixo 10
Código Postal: 9930 LAJES DO PICO
Tel: 292672010
E-mail: espacotalassa@espacotalassa.com
Site: www.espacotalassa.com
Distrito: Ilha do Pico
Concelho: Lajes do Pico

Observação de Cetáceos


Para nós, continentais de gema, a ideia de participar num passeio de barco para ver de perto baleias e golfinhos parece-nos quase surreal. Sobretudo, no que diz respeito às baleias. Sabemos que as que se movimentam por águas açorianas são inofensivas, mas ainda assim, são gigantes! Respiramos fundo, enchemo-nos de coragem e aqui vamos nós.


Ana Marta Ramos

Tenacidade humana

O encontro está marcado para as nove horas, no Espaço Talassa, nas Lajes do Pico. Da Madalena, a vila onde atracou o barco que nos trouxe do Faial, até ao nosso destino, demoramos cerca de meia hora de carro. O caminho faz-se sempre junto à costa e, tal como tem vindo a acontecer ao longo desta passagem pelas ilhas, o motorista do táxi que nos transporta vai desfiando informações sobre a ilha.

Por exemplo, face à nossa observação acerca das casas à beira da estrada, que têm todas ar de serem novinhas em folha, surge logo uma explicação: o violento terramoto que ocorreu na ilha do Faial em 1998, e que causou fortes estragos no Pico, felizmente, apenas materiais. A seguir à destruição, a reconstrução: “É o espírito açoriano, amanhã é outro dia”. Não conseguimos evitar a evocação de Scarlett O’Hara, proferindo a última e célebre frase do filme “E tudo o Vento Levou”.

Novos lobos do mar

Chegamos um bocadinho antes da hora, o que nos dá tempo de assimilar o ambiente. Serge Viallelle recebe-nos na Base de Observação de Cetáceos dos Açores, co-fundada por si em 1987. Na altura, era a única do género no arquipélago.

No espaço onde nos encontramos respira-se vida marinha. As paredes estão cobertas de fotografias, postais, gravuras e miniaturas de cetáceos. Por todo o lado há vestuário, acessórios, livros, cassetes de vídeo e um sem número de objectos alusivos à actividade que aqui se pratica, que podem ser adquiridos pelos visitantes. Para além disso, podemos consultar a biblioteca, a videoteca, as estatísticas da casa e a Internet.

A equipa começa, pouco a pouco, a formar-se. Os skippers equipam-se, enquanto se aguardam as notícias do vigia João Gonçalves, ex-baleeiro “convertido ao turismo”, como ele próprio gosta de se apresentar. Enquanto esperamos, recebemos um briefing acerca do passeio que faremos a seguir, dos cetáceos nos Açores e da actividade desenvolvida na B.O.C.A., que ultrapassa em muito a mera componente de entretenimento. Só falta vestirmos as calças e os casacos de oleado, e colocarmos o colete salva-vidas. Estamos prontos.

2004-08-17
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