A Casa-Museu José Régio em Portalegre foi instalada naquela que foi a habitação de José Régio durante 34 anos, período durante o qual o poeta foi professor no Liceu Mouzinho da Silveira. Datada dos finais do século XVII, a casa era, à época uma pensão. Anteriormente terá sido um anexo do Convento de S. Brás, do qual ainda existem alguns vestígios, nomeadamente da capela. Também serviu como quartel-general aquando das guerras peninsulares.
José Régio alugou aqui um quarto e à medida que a necessidade de espaço aumentava, com a ampliação da sua colecção, ia alugando as outras dependências da casa, até que se transformou em hóspede único. Em 1965 vende a sua colecção à Câmara Municipal de Portalegre com a condição desta adquirir a casa, restaurar e transformar em museu.
As colecções estão distribuídas por 17 salas de exposição permanente e por uma sala de reservas, em dois pisos. O espólio abrange escultura, pintura, faiança, mobiliário, metais, têxteis, numismática/medalhística, registos, trabalhos pastoris (marcadores de pão e bolos, cornas, polvorinhos, chavelhas e colheres) e ferros forjados.
Além deste espólio, a Casa-Museu possui um variado acervo literário dividido entre a própria casa, as reservas e o centro de estudos. Este espólio resultou do gosto de José Régio pelas antiguidades e pelo coleccionismo, em especial de arte sacra. Os Cristos, a sua grande colecção, nas mais diversas apresentações e representações são, essencialmente, em madeira e de arte popular.