20 comportamentos a evitar na praia

Chegou aquela época do ano em que temos todos de conviver num espaço restrito, molhado, salgado e cheio de areia, onde há crianças e pais aos berros, boladas, música alta, chapões na água e outras delícias da estação. A Bumba na Fofinha deseja a todos um excelente verão.

Agora que a época balnear está oficialmente aberta, há duas coisas a evitar na praia: o sol das 12h-14h e a falta de noção. Como sou Fofinha, deixo-vos um pequeno manual de conduta com os 20 comportamentos a evitar a todo o custo para que as praias deste país não se tornem num foco de tensões, infecções e escaldões. São eles:

1. Não saber respeitar os mínimos olímpicos de espaço vital e plantar o guarda-sol a menos de 50 cm das pessoas do lado. E tornar tudo ainda pior trazendo farnéis mal-cheirosos e crianças mimadas a berrar.

2. Espremer borbulhas das costas do namorado/a. Ou escrever coisas românticas na areia um para o outro. Por favor, não.

3. Fazer aquela corridinhinha do ai ui ai ui ai ui ai quando a areia está a ferver. E, pior ainda, invadir a propriedade privada que são as sombras de estranhos para aliviar as plantinhas dos pés. Calcem uns chinelos ou façam-se homens, caramba.

4. Ir virando a toalha em compasso para apanhar o sol de frente e baixar de 5 em 5 minutos as abas do fato de banho para ver se há marcas de antes e depois de bronze. Não.

5. Vir a correr lá de cima para ganhar balanço e fazer uma entrada dentro de água inspirada em Moisés, daquelas acrobáticas que batem de chapa na rebentação e criam um mini-tsunamizinho que molha meio mundo à volta.

6. Correr em grupo à Mitch Buchanan, lado a lado na beira-mar. Respeitem as férias das pessoas, sff.

7. Chamar o senhor das bolas de Berlim, já meio arroxeado depois de 15km debaixo de 45 graus de sol, e dizer que se prefere sem creme porque “engorda menos”.

8. Levar pauzinhos de cenoura como snack, quando existem bolas de Berlim com creme.

9. Atirar conchinhas à fuça dos outros como hobbie. Não.

10. Esquecer que estar na praia não é estar no quarto a fazer o amor. Simplesmente isto.

11. Dar gritinhos de Maria Sharapova. São raquetes de praia, por amor de Deus.

12. Sofrer daquela condição enervante que dá pelo nome de carreirinha precoce. O sintoma principal é não ter qualquer noção de timing e tentar apanhar a onda sempre, mas sempre antes de tempo e outro é, depois de 13917 tentativas falhadas, voltar sempre à tona extremamente surpreendido porque que só avançou meio metro. Ajudem-no a desistir, malta.

13. Adormecer ao sol das 14h com uma mão em cima da barriga e integrar, juntamente com todos os veraneantes de origem inglesa, a sociedade-recreativa-de-escaldões-que-podiam-ter-sido-pintados-por-meninos-da-primária.

14. Sacudir cabelos molhados para as pessoas desprevenidas que estão tranquilamente a dormir e/ou assar ao sol. Não.

15. Vestir um biquíni à brasileira mas continuar a ser portuguesa por dentro e passar o dia inteiro a puxar pelas extremidades da cueca cavada, na esperança de que a licra se multiplique. Marimbem e mostrem esse nalguedo, garotas.

16. Ir ao mar e fazer aquele agachamento ridículo até à zona pélvica, a denunciar publicamente que se está a fazer aquele chichi maroto mas ficou muito frio para o mergulho integral.


17. Pior ainda, estagnar em 1987 e fazer aquele gesto de dois dedos para avisar que se está em pleno número 1. Não. Definitivamente não.

18. Tirar aquela chapa marota de cima, com vista privilegiada para o rego do mamaçal, e publicar no Insta com uma citação de Gandhi ou o Principezinho.

19. Sabem aquele biombo de toalha que se faz para mudar de fato-de-banho sem mostrar as partes pudendas? E estão a ver aquela cara palerma que se faz no processo? É essa que queremos evitar.

20. Adorar praia mas alegar não gostar de areia. Aquele material de que são feitas as praias, sabem. E ficar o dia inteiro circunscrito a 75 cm de toalha com aquele ar enojado de quem acha que areia transmite herpes. Por favor, não.

A autora e o blogue
Uma singela página de reciclagem de trivialidades com visitas regulares à Parvónia, de uma jovem moça em idade casadoira, com uma bela anca (uma “anca parideira”, diria a sua avó, perante as mais variadas audiências - “boa para uma ninhada” - enquanto lhe dá vigorosas palmadas na coxa).
No Bumba na Fofinha encontrará o verdadeiro humor de fusão, como aqueles buffets chineses especializados em tudo – baratucho, potencialmente indigesto, mas por 7,50€ enche-se o bandulho com sushi, burritos, e maminha no churrasco.
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