Transtróia tem como actividade principal o transporte fluvial turístico nos rios Tejo, Sado e Guadiana, cujos roteiros permitem acesso às reservas naturais dos seus estuários, com acompanhamento de um guia da natureza e de um guia turístico para as visitas aos museus e monumentos.
Observações: Organizam eventos com respectivo aluguer da embarcação, para além de ministrarem cursos de bobyboard, vela e windsurf.Sabia que existem ilhas no meio do rio Tejo? E que uma delas é uma reserva natural de aves aquáticas? Se respondeu não às duas perguntas anteriores, este texto é para si. O Lifecooler embarcou numa viagem a bordo do Castro Júnior e conta-lhe o que viu (flamingos incluídos).
Flamingos no Tejo?
Sim, é verdade. Os flamingos não existem só nos documentários do National Geographic ou em países distantes. Espante-se - sobretudo se vive em Lisboa e ainda não sabia -, mas é possível vê-los bem mais perto, ao vivo e a cores, em pleno rio Tejo. Na verdade, não tão perto quanto isso… mas já lá iremos. A convite da TransTróia, fomos conhecer duas ilhas, situadas a curta distância, e observar as aves que ali habitam.
Quinze horas, cais de embarque. Os teleféricos passam, de um lado para o outro, sobre as nossas cabeças. É junto ao Pavilhão Atlântico, no Parque das Nações, que o Castro Júnior se encontra, mas dentro de alguns minutos já estará em marcha, com a bússola apontada para norte. O destino são os Mouchões da Póvoa de Santa Iria.
E a pergunta impõe-se: mas o que é um mouchão? É uma língua estreita de areia, semeada de vegetação, que serve de habitat a uma série de aves marinhas.
Castro Júnior, aí vamos nós
A embarcação onde seguimos chama-se Castro Júnior. É verde e ao contrário do que o nome faria supor, já tem 60 anos de viagens no rio. Contudo, há quase 10 anos o barco foi remodelado, ganhou uma cozinha, casas de banho e desde 1998 transporta turistas (e já não mercadoria).
O dia está quente, o ambiente calmo. A contrariar a taxa média de ocupação ao longo do Verão, desta vez não são mais de 30 os passageiros espalhados pelas mesas e bancos de madeira do barco.
Tudo a postos: o Castro Júnior arranca e o som do motor a trabalhar lembra que os tempos em que navegava à vela há muito ficaram para trás. Como o cais de embarque, mais distante a cada minuto que passa. Ao leme vai o mestre Henriques, com os 50 anos de experiência rio e de mar: toda uma vida dedicada à pesca do bacalhau, como nos conta.