Num edifício de arquitetura moderna, antes ocupado pelo restaurante O Porquinho, está agora instalado o República da Saudade, que abriu as portas no Verão de 2011. Inspirado no imaginário coimbrão e nos valores do companheirismo, do convívio e da saudade, serve boa cozinha tradicional portuguesa em louça de barro. A ementa baseia-se em menus para partilhar, seja em casal, em família ou entre amigos. São cinco os menus disponíveis, designados como Lições: República das Bananas, Bairrada, Cardapius Republicae, Magnifice Vinum e Cardapius Comensalis. Para aprender e saborear.
Bar/Sala de espera: Bar e Sala de EsperaO mais recente restaurante de Coimbra abriu portas há um mês e trouxe para a cidade uma iguaria muito apreciada pelos seus habitantes: o leitão assado à moda da Bairrada. Mas fez muito mais do que apenas copiar a fórmula original.
Uma questão de atitude
São três os sócios responsáveis por este projecto: Pedro Lopes, Rui Botelho e Catarina Manso. O primeiro é irmão da terceira, enquanto que o segundo já está habituado a parcerias com o primeiro. Isto porque são ambos membros do "Quinteto de Coimbra", um grupo criado em 1989 e, desde então, solidamente afirmado no contexto da canção Coimbrã. E são equitativamente responsáveis, entre outros "cúmplices", pelo bar "A Capella", que é resultado da recuperação da antiga capela de Nossa Senhora da Vitória, construída no século XIV, e a sala mais digna da cidade para acolher o fado que a celebriza.
No fundo, o conceito subjacente ao restaurante "O Porquinho" e ao bar "A Capella" é o mesmo: detectar uma falha grave na oferta de Coimbra e colmatá-la de uma forma inovadora, mas sempre com o maior respeito pela tradição que a sustenta. Os resultados falam por si.
Para todas as ocasiões
Agora, pedimos que afaste da sua mente todas as ideias ou memórias que possui de restaurantes especializados em leitão assado. E que não leia o resto do texto "na diagonal", convencido de se tratar de mais do mesmo. Estamos aqui para lhe falar de uma casa que, além de ser nova, é inovadora.
Comecemos por conhecer os diversos espaços que "O Porquinho" tem para oferecer, associados a diferentes serviços. À chegada, encontramos um parque de estacionamento - mas podemos nem sequer sair do carro. É que a primeira abordagem ao cliente faz-se pelo "Drive In", um sistema bem conhecido dos filmes americanos e das cadeias de fast food instaladas em Portugal. Agora, se lhe apetecer uma sanduíche de leitão, basta abrir o vidro do carro, pedir, pagar e arrancar.
Mas imaginemos que está um dia agradável e que a esplanada lhe parece, de repente, muito apetecível. Aí já convém estacionar o carro. Depois, deve dirigir-se ao balcão de "Take Away", escolher a sua refeição, pegar no tabuleiro e sentar-se ao ar livre. Tal como o nome indica, este é o balcão que lhe interessa se pretender saborear em casa as especialidades d' "O Porquinho".
Dentro de portas
A entrada para a sala de refeições principal faz-se por uma porta de vidro, integrada numa parede igualmente de vidro, o que garante uma boa percentagem da abundante iluminação natural do interior. O trabalho do arquitecto Vicente Gouveia estende-se aos interiores: para além da recuperação do edifício antigo e da construção das alas novas, é o autor do mobiliário e da decoração. Vemos muita madeira para garantir conforto, linhas direitas para transmitir modernidade e um painel gigantesco a reproduzir a imagem de um bosque, que confere à sala uma atmosfera muito serena.
Por detrás desse painel há outra zona distinta. A calçada portuguesa no chão e o tecto envidraçado conferem-lhe o estatuto de "Jardim interior", um recanto acolhedor e mais intimista. Escadas acima encontram-se ainda duas salas para grupos: a "Sala Adega" e a "Sala de Estudantes", esta última com direito a entrada independente para garantir a privacidade da festa... assim como a tranquilidade dos restantes clientes.