Poucas vezes o nome da casa coube tão bem na perfeição como este. Apenas um reparo: o que num museu serviria somente para apreciação, aqui pode e deve ser consumido. De várias formas, quer como entrada, quer como prato principal, o importante é mesmo o presunto, ou não estivéssemos na região onde ele é rei e senhor. Excelente relação qualidade-preço.
Bar/Sala de espera: BarPoucas vezes o nome de um restaurante se revelou tão ajustado. Ainda assim há que fazer um reparo mais do que justo. O que num museu serviria somente para apreciação, aqui pode e deve ser consumido. Presunto nas entradas e nos pratos principais. Excepção feita às sobremesas, por razões óbvias.
Apesar do restaurante se situar no rés-do-chão de um prédio de habitação, a ampla sala acolhe a tradição com a decoração feita à base de presunto. Todavia, que não se pense que só se poderá comer tal iguaria. A oferta gastronómica foi incrementada mas sempre tendo por base a cozinha regional. Pão tostado e broa, azeitonas temperadas e os enchidos nas suas mais diversas formas e sabores. Para picar, uma moira na brasa, salpicão, chouriço e queijo amanteigado. Ou então, presunto. Serrano, de porco preto ou fatiado. A escolher um tipo ou a provar todos. As sopas de legumes são ainda reconfortantes do estômago. Se depois das entradas ainda houver mais vontades, avance-se para a açorda de polvo ou para o bacalhau assado na brasa com batata a muro. Como estamos numa região onde o porco é rei e senhor à mesa, escolha-se também entre as costeletas na brasa e os bifinhos de presunto panados com arroz de feijão vermelho. Por encomenda servem ainda arroz de pato, de cabidela, e outros pratos de caça. Ah, e claro, a famosa posta barrosã. A carta de vinhos, vasta, contempla todos os bons vinhos do Douro. Para sobremesa, experimente, por exemplo, a pêra bêbeda ou o leite creme. Uma delícia. Com as indicações certas, chegar lá torna-se fácil, sair de lá é que é mais difícil, com a boa cozinha praticada pela casa.