Inserido na maravilhosa Estalagem da Bela Vista, o restaurante está instalado numa sala deslumbrante, decorada em estilo clássico. A ementa proporciona um vasto leque de apetecíveis iguarias.
Bar/Sala de espera: BarLua-de-mel
O casal apaixonado pede a ajuda preciosa para conseguir ficar com uma fotografia que registe o momento. Uma não, duas, aliás três, ou melhor quatro. É de aproveitar, que o empregado até é simpático e ainda não há muita gente na sala para poderem ficar com vários cenários. Já os imagino em casa com os familiares e amigos: “Aqui é a lareira do restaurante Avista Navios... já viram bem a cor do chão? Faz lembrar os antigos salões de baile, não é? A mãe é que ia gostar.”
A sessão continua depois pelos jardins e da varanda térrea envidraçada vejo o casal abraçado que se imiscui no verde quase cerrado e ruma agora em direcção à piscina. Quanto a mim, restou-me terminar a refeição. Confesso que também tirei as minhas fotografias mas não foram de companhia e se as partilhei com alguém foi com os leitores.
Bela Vista
Nem imaginam os quadros que se abarcam apenas com uma volta completa do olhar. O mar, a cidade, a montanha e os jardins da estalagem, autênticas pinturas ao ar livre. Se existir interesse na botânica, as placas com o nome comum em português e o científico em latim esclarecem para aquilo que se vê e sente.
É quase como estar com a cabeça nas nuvens e a fotografia não engana. Dos quartos e suites mais elevados de uma das alas mais modernas tem-se esta visão para o anfiteatro que é a cidade do Funchal, onde a necessidade levou ao aproveitamento de cada bocadinho de terra. Apesar de ser terreno onde o Homem interveio, não deixa de ter a sua beleza.
Imagino esta vista sem a luz do dia quando a cidade usar o vestido de noite, brilhante e resplandecente e se recusar ao repouso. Nessa altura já espero ter passado por um dos três bares e usufruído da companhia de um cálice de vinho da Madeira. Pelo menos! No bar junto à piscina irei escolher uma das mesas mais perto da janela, com essa mesma vista que parece tocar a cidade. E se a noite for amena também se fica lá fora, quase à beira da água.
A serem estas as horas do almoço não me importaria tomar aqui uma refeição ligeira, mas quando o momento proporciona um jantar com mais requinte o restaurante À la carte, na casa-mãe, é o espaço perfeito. A sala divide-se em duas, mas a elegância é comum a ambas. O vermelho da alcatifa fica bem com o branco da parede onde a cor só entra através dos quadros pendurados e do brilho dos lustres que reflectem e multiplicam a luz que ali entra. A mesa, criteriosamente bem posta, leva mais um ingrediente que não se dispensa, as flores.