Situado no Pateo dos Solares Charm Hotel, encantadora unidade em pleno centro histórico da vila de Estremoz, o restaurante Alentejo à Mesa presta homenagem à gastronomia e aos vinhos da região, num ambiente de conforto, elegância e tradição. Saboreie receitas típicas confecionadas com ingredientes locais e usufrua das características de um espaço de eleição onde se destacam dois painéis de azulejos alusivos à caça e aos touros.
Bar/Sala de espera: BarÉ na bonita e branca cidade de Estremoz que o Páteo dos Solares, com uma localização inesperada, o espera. Ninguém imagina que aqui se chega partindo da praça principal, onde o mercado de sábado traz gente de todo o lado a esta terra especial, e passando o labirinto das ruelas medievais.
Construído, em parte, nas muralhas primitivas da cidade, tem uma localização única. Dos quartos mais simples às suites mais sofisticadas com terraços luxuosos com vista sobre a planície alentejana, tudo vale a pena incluindo uma perspectiva única da Pousada da Rainha Santa Isabel.
Agora, quando o calor aperta, e de que maneira, a disposição da piscina, tanque azul recuperado entre verdes, é o local de escolha, seja para almoço ou para jantar, à luz de velas.
É o contraponto do Restaurante Alzulaich a funcionar no interior, com os painéis de azulejos que lhe dão o nome e que se centram no tema da tauromaquia. O que interessa aqui é a qualidade do que servem. E pode provar-se de tudo, a qualquer hora do dia, desde o pequeno almoço ao jantar, passando, claro, pelo almoço.
Vamo-nos remeter ao almoço refrescante à borda de água da piscina, na sombra do caramanchão, onde a vegetação é quase semi tropical e se tem uma perspectiva da muralha e do recorte do castelo de Evoramonte.
A responsável pela cozinha, alentejana de gema, soube adaptar a tradição sem intervenções rebuscadas, de forma a permitir o que se pretende de uma refeição no Alentejo.
Aqui estamos em mesas cobertas com toalhas brancas, com todos os elementos cuidadosamente dispostos e servidos com uma atenção especial. Pão alentejano, azeitonas de bom tempero, pimentos assados, levemente adocicados, envolvidos em azeite e alho ao mesmo nível de equilíbrio, salada de grão com bacalhau, tudo bem apresentado. Boa iniciação.
Por sugestão, aceitou-se a prova da sangria. A escolha foi da autora e revelou-se leve, com a frescura desejada, um toque de hortelã, e o álcool, neste caso branco, sem desmerecer na qualidade.
Das entradas, refira-se que são feitas na altura. São bons os ovos mexidos com farinheira ou espargos do campo.
Sendo imensas as hipóteses, convém começar a cita-las. Gaspacho, mesmo a calhar, à andaluza ou seja passado sem toque artificial com pão frito e ovo picado, numa versão mais moderna com base de melão, limão e hortelã, ou na sua forma mais pujante, à alentejana, com todos os sabores em evidência.
Inesperada foi a açorda de bacalhau, feita à moda do Norte, mas com sabores alentejanos. Textura perfeita, bacalhau de sabor, servida em tacho de barro com ovo. O bacalhau à Brás com azeite Sousel, é outra surpresa. Não perde o untuoso dos ovos misturados com as batatas previamente fritas e as ervas.
A acompanhar, uma salada de alface migada apenas com cebola e a acidez adequada do vinagre. O borrego assado é uma demonstração prática da mão alentejana da sua autora. E há muito mais por desvendar. Das sobremesas sobressai a força da conventualidade alentejana. Refira-se o pudim de água e a menos doce sericaia com ameixas da vizinha Elvas.
No que toca aos vinhos, louve-se a propaganda da produção local, com algumas amostras de interesse, tanto em branco como em tinto.
ARTIGO ACTUALIZADO EM AGOSTO DE 2009
2006-07-19