A Herdade do Sobroso, nos seus 1600 hectares, concilia a produção do vinho com a fruição do espaço e da natureza, utilizando-os enquanto centro de lazer. Situada no concelho alentejano da Vidigueira, a Herdade do Sobroso está delimitada a norte pela serra do Mendro, pelo Guadiana a leste e a sul pela enorme planície que se estende até perder de vista. A herdade oferece inúmeras atividades ao dispor: Wine Tours com prova comentada dos vinhos produzidos na Herdade do Sobroso, Cursos de iniciação à Prova de Vinhos, Visitas à adega, Safaris fotográficos em Jipe com possibilidade de observarem gamos, veados, javalis, muflões e diversas aves, Passeios de Balão, Passeios de Barco pela barragem do Alqueva com possibilidade de ski aquático. Explorar a paisagem circundante através do serviço de aluguer de bicicletas, percursos de birdwatching, entre outras. Saborosos almoços e jantares tradicionais alentejanos são servidos no restaurante da herdade. Javali assado com batatinhas e migas de espargos verdes, Lombinho de Porco Preto com batatinhas douradas e Amêijoas, Arroz de Pato Bravo no forno com enchidos tradicionais, Ensopado de Muflão, Sopa de Cação com ovo escalfado, Arroz de Polvo com coentros são algumas sugestões. Prove também a Torta de Laranja, o Toucinho do Céu, a Sericaia e outros tantos doces conventuais que terá à sua disposição.
É entre serra e planície que encontramos a Herdade do Sobroso. Uma casa de campo cheia de charme onde a tradição e o exotismo exibem, sem pudores, a sua cumplicidade.
Deixe Vidigueira para trás e percorra os cerca de 15 km que faltam até Marmelar. Depois de atravessar o lugar, ainda outros 5 km pela frente, mais coisa, menos coisa. O sossego deste percurso antecipa o que está à nossa espera. É bem provável que durante o tempo que ficar na Herdade do Sobroso se sinta uma estrela mas se está à espera de uma recepção “hollywoodesca”, esqueça. O caminho desde o portão até à chegada à casa está longe de ser um tapete vermelho. Terra batida e pedra solta dificultam a curta viagem que se torna muito agradável se a atenção for dispersa no vinhedo.
Chegamos a tempo de vermos o Sol a pôr-se. E se há um sítio ideal para o fazermos é este. À nossa frente temos centenas de hectares onde o amarelo da campina se funde com o verde do montado e do olival. A Herdade do Sobroso está ali, resguardada entre a serra do Mendro e a planície, emoldurada pela água das albufeiras e envolta numa quietude que sabe estranhamente bem. Deixamo-nos ficar no alpendre e como a luz do dia se vai dissipando a cada minuto que passa, alguém vem acender uma ou outra candeia. É curioso. A paisagem é genuinamente alentejana mas a decoração transporta-nos para outros territórios. Há almofadas de Marrocos, peças de decoração do Bali e móveis da Índia. O mundo quase todo ali...
Era um vez um ninho...
A parte da Herdade do Sobroso dedicada ao turismo está dividida entre a casa principal e a Casa da Cegonha. Ambas estavam em ruínas quando foram adquiridas pelos actuais proprietários. Contam Sónia Arantes e o marido Jorge Vieira, os caseiros, que, aquando das obras, um ninho de cegonhas foi retirado de uma chaminé. De forma a não afectar o regresso anual das aves, foi construído no topo um poste no qual se colocou o ninho. Todo este processo foi mais que suficiente para justificar o baptismo da Casa da Cegonha.
Com quatro quartos e um apartamento T2 é mais direccionado para famílias, sendo o único alojamento da casa com cozinha. Todos eles têm entradas independentes e decoração similar. O branco domina nas paredes, nas cabeceiras da cama e nos lençóis e almofadas bordadas com as iniciais da herdade. Tudo parece imaculado. Destoam o chão em tijoleira e os objectos de decoração, que tanto pode ser um simples tronco de árvore como uma colorida manta marroquina. As traseiras da casa têm panorâmicas privilegiadas. Abrem-se as portadas e temos a piscina que vista de determinados ângulos parece fundir-se no infinito da paisagem.
Entre, a casa é sua!
O principal edifício da herdade funciona como se de uma casa de família se tratasse. Há pormenores, como tratar os hóspedes pelo primeiro nome, que fazem toda a diferença. A recepção acolhe-nos com uma reconfortante salamandra, pufes de generosas dimensões e um sofá de inspiração oriental.
O caminho entre a zona onde estão os quatro quartos da casa principal e a suite é percorrido num corredor que mantém o tecto original, feito em tijolos de barro, e iluminado por velas que ardem dentro de lamparinas.