Situado na encosta da serra do Buçaco, o Grande Hotel de Luso é um hotel emblemático, que desde há 70 anos continua a ser o ponto de encontro privilegiado para todas as ocasiões. O edifício projectado pelo arquitecto Cassiano Branco, domina a paisagem da vila de Luso, muito justamente famosa pela excelente qualidade da água que aqui nasce. Oferece piscina exterior olímpica, piscina interior aquecida, bar piscina e o Malo Clinic Spa Luso, entre outros equipamentos.
Tão natural…
Para quem não conhece a região, recomenda-se uma passagem pela recepção para resolver problemas de informação ou logística. Senão, a solução clássica do posto de turismo também ajuda. Mesmo a dois passos do hotel, o Circuito de Manutenção ajuda-nos a manter a forma e abre o apetite não só para a refeição mas também para outros voos: as termas. Mas já lá vamos. Por agora visite-se o Parque. Por todo o lado existem recantos com bancos de madeira, por isso não é difícil encontrar casais de namorados. Neste jardim, (verde como todos os outros), também há um lago onde se anda de gaivota, embora se deva ter cuidado redobrado para não “atropelar” nenhum pato mais distraído. É que por cá existem aos bandos, passeando por terra ou na água. Junto à margem, um casal que se trata por “amor” pega numa cria que parece atordoada por não encontrar a mãe. Mas rapidamente se apercebem que o melhor é deixá-los comunicar. Assim que o põem novamente na água, a família reencontra-se. Este é muitas vezes o erro dos humanos, pensar que conseguem resolver problemas que não lhes dizem respeito. Avancemos.
… como a sua sede!
Ao dirigirmo-nos para o centro da vila, seguimos o rasto da calçada portuguesa que, diga-se de passagem, encontra-se em óptimo estado. Por isso vale a pena olhar para o chão, sem nos esquecermos também de volta e meia levantarmos as vistas, até porque aqui os edifícios convidam à contemplação.
Passa-se pelo Casino (onde se pode assistir a espectáculos de música, dança, pintura, escultura e artesanato) e faz-se uma paragem estratégica no café. Assim torna-se fácil apercebermo-nos da imponência que um edifício destes teve outrora. As madeiras escuras, o chão de mármore e os tectos brancos com motivos em gesso exigem atenção. Em cada mesa ocupada existe pelo menos uma garrafa de água do Luso, muito embora, seja acompanhada por um copo de vinho tinto ou por uma cerveja. É a sede a reclamar e cada um combate-a como pode.
Continuando a caminhada pelo Luso, vê-se por toda a parte jardins cuidadosamente arranjados e ouve-se água a correr, vinda de recantos secretos, a descobrir. Junto à Fonte de São João, aglomera-se gente que se faz acompanhar de garrafões de plástico transparente, inclusive de outras marcas de água. São de terras vizinhas e vêm abastecer-se para algumas semanas, ou até meses, nalguns casos. Enquanto uns enchem os recipientes, outros visitam a capela de São João Evangelista, que está sempre aberta. Entre a fonte e a capela existe uma parede com 4 painéis de azulejos, que contam sumariamente, a história do Luso desde finais do século XIX até 1988.
Ali bem perto, tendas próprias para o efeito vendem de tudo um pouco. Desde o quase desaparecido pião de madeira até ao tradicional artesanato, passando pela parafernália de cachecóis e camisolas dos diversos clubes e claro, do Jardel e do Figo.
O sino toca as horas e a natureza prepara-se para o dia seguinte. Quanto a nós, está na altura de regressarmos ao hotel.