A Fábrica de Chá Gorreana mantém a sua actividade, ininterruptamente, desde 1883. Com extensas plantações que se avistam em redor do edifício sede, ali se produz chá preto (variedades Orange Pekoe, Broken Leaf e Pekoe) e verde (Hysson), de qualidade reconhecida. Para além desta vertente, existe ainda uma outra, de carácter museológico, pois a fábrica continua a utilizar maquinaria do século XIX e inícios do século XX. Aqui também é possível provar as diversas variedades de chá.
Dia(s) de Encerramento: Domingos, SábadosA mais antiga fábrica de chá da Europa continua a utilizar os ensinamentos chineses e as técnicas seculares que foram passando de geração em geração. Mais do que um exemplo vivo de arqueologia industrial, aqui bebe-se uma chávena de história com gostinho açoriano.
A funcionar de forma ininterrupta desde 1883, a Fábrica de Chá Gorrena deve o seu impulso inicial a dois chineses oriundos de Macau – o mestre Lau-a-Pau e o ajudante Lau-a-Teng – que levaram várias sementes para os Açores e ensinaram as complexas técnicas orientais da preparação do chá.
Desde então, já lá vão cinco gerações, que a unidade pertence à família da fundadora, Hermelinda Gago da Câmara, tendo sido a única que resistiu sempre a todas as crises. Longe vão os tempos em que chegaram a existir 16 plantações em toda a ilha de São Miguel...
Em 1998 ressurgiu também a Fábrica de Chá de Porto Formoso, situada ali bem perto, que tinha fechado portas nos anos 80. Juntas, fazem agora desta ilha o único local da Europa que utiliza a planta do chá para fins industriais.
Rumo ao Norte
Chegar à Gorreana não tem nada que enganar. Seja a partir da Ribeira Grande ou das Furnas é só seguir em direcção à estrada da costa norte e, já na freguesia da Maia, ficar atento ao cruzamento para a Lagoa de São Brás, porque é junto a ele que está a fábrica.
O edifício principal, com o nome pintado a vermelho vivo numa fachada totalmente branca, surge enquadrado pelas plantações que descem em anfiteatro pela encosta, sempre com o mar em pano de fundo. Um regalo para os olhos.
Próximo da entrada está uma antiga máquina a vapor (a primeira locomóvel dos Açores) que em tempos foi utilizada para fornecer energia, mas hoje serve de mote para o autêntico museu vivo que iremos descobrir no interior.