A Companhia das Culturas está localizada no Barrocal algarvio, em São Barlotomeu, compreendendo 40 hectares com pinheiros, figueiras e alfarrobeiras. É uma delícia da serra algarvia que convida a longas caminhadas, e tem a vantagem de se localizar a poucos minutos da praia . Esta casa rural de charme foi restaurada pelo arquitecto Pedro Ressano Garcia, mantendo a traça típica algarvia de paredes caiadas, mas acrescentando um toque de irreverência. O local é ideal para relaxar, aqui não existe televisão mas existe um alpendre fantástico à beira da piscina que convida à conversa e à leitura. Fez algumas remodelações e ampliamentos no verão de 2018.
Estilo: Special PlacesAssim na terra como no céu
Este é um lugar idílico mas com os pés bem assentes na terra e naquilo que ela oferece como os produtos do campo, o ar puro e, claro, o sossego. Verdadeiro anti-resort, assume um ambiente tradicional e ao mesmo tempo cosmopolita, que tem servido de inspiração a artistas e não só. Aqui está-se mesmo em boa companhia…
A Natureza não podia ter sido mais generosa para a Companhia das Culturas. A norte está a serra, a sul o mar, a este a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e a oeste o barrocal algarvio. E no centro desta encruzilhada, na pequena aldeia de São Bartolomeu do Sul fica uma herdade de 40 hectares que serve de abrigo a este turismo rural, inaugurado em 2008 mas reinventado ao longo dos últimos anos.
No início, não era mais que um monte agrícola em ruínas, mas a antropóloga da arte Eglantina Monteiro Dias decidiu dar um novo rumo a esta propriedade (e à sua vida) e mudou-se de armas e bagagens do Porto para o Algarve. O objetivo estava bem traçado: trazer uma alma nova ao local que escreveu a história das últimas quatro gerações da família do marido, o escritor Francisco Palma-Dias.
Para isso contou com a ajuda do arquiteto Pedro Ressano Garcia, que respeitou os traços da arquitetura tradicional e os materiais originais mas acrescentou-lhes um toque de sofisticação e contemporaneidade. “Recuperar e reutilizar” foi o lema do projeto, sempre com o objetivo de causar um impacto mínimo na paisagem e na história do local.
Recuperar espaços, reavivar memórias
Basta passarmos o portão principal da Companhia das Culturas para descobrirmos que este é um turismo rural com personalidade própria. Logo ao primeiro olhar se percebe que a intervenção no espaço foi feita com critério, quase ao milímetro, e nem a moderna piscina logo à entrada desvirtua um pátio/jardim carregado de história e com uma organização típica das propriedades agrícolas do século passado.
É à volta dele que se distribuem uma mão cheia de construções antigas, cuidadosamente recuperadas e adaptadas às novas funções do local. É disso exemplo o velho lagar (defronte para a piscina), entretanto transformado num amplo salão que acolhe a biblioteca, o bar e uma zona de estar comum onde convivem peças de design moderno com maquinaria outrora utilizada para fazer azeite.
Para já, só a garagem de uma máquina debulhadora ainda não ganhou novas funções mas até ela já tem destino traçado e brevemente será transformada numa área multimédia. Paredes meias com este edifício fica a zona habitacional, bem maior do que parece por fora. É que para lá de duas (aparentemente) pequenas casas típicas algarvias estende-se um intrincado puzzle de quartos, pátios mediterrânicos e corredores labirínticos.