A sensação de liberdade quando se consegue atingir o topo da primeira via escalada é indiscritível. A beleza da vista sobre a Vila de Sintra mistura-se com a adrenalina de quem acabou de subir uma rocha com mais de 15 metros de altura, preso somente por uma corda de nylon. Somos uns heróis, de repente. A ideia pode assustar à partida. Contudo, a partir daqui a vontade de trepar cada vez mais alto, de alcançar o inatingível superando todos os obstáculos que vão surgindo naquelas enormes paredes de calcário aumenta. O receio inicial, (normal diga-se) de quem nunca pensou conseguir fazer escalada, transforma-se num vício difícil de controlar. Mas, atenção, há quem não consiga. E nesse caso o melhor é não insistir.
Preparativos da subida
Praticar escalada não é tão fácil como pode parecer. Mas também não é difícil. É necessário, acima de tudo, técnica e destreza.
Por isso mesmo, e antes que se consiga fazer, há que ultrapassar uma série de etapas e adquirir alguns conhecimentos. A começar pelas regras de segurança e pelo equipamento a utilizar. Neste aspecto é indispensável um baudrier. Uma espécie de cinto que para além de prender as cordas que se fixam às rochas, serve igualmente para transportar todo o outro material necessário. Desde os mosquetões a um saco de pó de giz para eliminar o suor das mãos. Depois basta uma roupa leve e uns ténis adequados.
Como se faz
Equipados a rigor, é altura de começar a trepar. Pelas pistas mais fáceis, claro. É que a escalada apresenta diferentes graus de dificuldade que se distribuem de 1 a 9. As vias com grau de dificuldade superior a dois ficam, contudo, para outro dia. O primeiro a escalar é sempre um dos monitores, que depois de chegar ao topo da via fica a dar segurança aos restantes aventureiros.
2001-09-26