Apesar de se conhecer a sua existência desde os anos 60 do século XX, pelas mãos do amadorense António dos Santos Coelho, só foi possível a escavação do sítio arqueológico do Moinho do Castelinho (Falagueira) a partir de 2011, graças à colaboração dos proprietários do terreno - "A Sociedade Portuguesa de Carvão Animal".Numa primeira fase, os trabalhos foram apenas conduzidos pela equipa do Museu Municipal de Arqueologia. Além de se confirmar a existência de uma necrópole, com origem no período romano (século II d.C.) e que deverá estar relacionada com uma villa que se localiza nas suas proximidades, mas que se prolongará até aos séculos VII/VIII, conseguiu-se aferir que este espaço foi também ocupado como zona de habitação na Idade do Ferro e nos primeiros tempos da ocupação romana, a partir do séc. II a.C. até finais do I/inícios do II d.C., preenchendo um hiato temporal, até ao momento desconhecido na Amadora, tendo-se identificado, igualmente o caminho que conduzia as mulas carregadas de cereal até junto do moinho de vento do Castelinho. Dos objetos recolhidos, realce para os inúmeros fragmentos de cerâmica pertencentes a grandes contentores e a recipientes do dia-a-dia, destacando-se o aparecimento de duas lucernas com vestígios de utilização, bem como três alfinetes de cabelo em osso, e quase uma centena de tachas em ferro habitualmente colocadas nas solas de sandálias. (Câmara Municipal da Amadora)