A Cervejaria da Esquina passou a Peixaria da Esquina no verão de 2015. O chefe Vítor Sobral concentra-se nas virtudes do peixe e volta-se para o Atlântico. Peixe e marisco em diferentes confeções são a aposta deste projeto. A carta dá destaque aos Marinados, aos Peixes curados e aos bem portugueses grelhados. Da antiga Cervejaria mantêm-se os Clássicos e os Petiscos. O espaço foi redesenhado por forma a evidenciar a ligação ao oceano e a tradição da pesca.
Ambiente e decoração: Design modernoO marisco e a cerveja compõem uma dupla inseparável na nova casa de Vítor Sobral, que aqui reinventa o conceito tradicional das cervejarias lisboetas. O objectivo é juntar o útil ao agradável num espaço mais sofisticado e com uma cozinha cuidada, mas onde ninguém leva a mal se comer de mangas arregaçadas…
Depois da Tasca é agora a vez da Cervejaria. Assim pensou e melhor o fez Vítor Sobral, um dos mais reconhecidos chefes portugueses que mudou-se de armas e bagagens para Campo de Ourique, decidido a reavivar o gosto pelo petisco e pela “comida de tacho”.
Esquinas não faltam neste bairro geométrico mas esta fica entre as ruas Correia Teles e Tenente Ferreira Durão, no mesmo local onde antes existiu a Confeiteira Bonina. A fachada ainda guarda o nome deste antigo espaço mas lá dentro já nada é como antes.
Os vários aquários revelam imediatamente a essência marisqueira da casa, dividida por duas salas (fumadores e não fumadores) onde predomina a madeira e as cores claras. Também lá está o típico balcão corrido mas ao contrário de grande parte das cervejarias aqui só se come à mesa.
Na primeira sala, uma parede em pedra tosca volta a remeter-nos para as memórias deste prédio antigo contrastando com as linhas escorreitas e suaves da restante área, toda ela com vista privilegiada para a “show cooking” aqui praticada.
Já na outra, salta à vista uma frase - “Ter sorte dá muito trabalho” – onde se desvenda parte do segredo do sucesso de Vítor Sobral. De facto, nem todos conseguem chegar ao posto de chefe de cozinha com apenas 21 anos e, muito menos, receber o prémio de Cozinheiro do Ano (Academia Portuguesa de Gastronomia, 1999) ainda antes dos 30.
Esta área interior é mais recatada e privada mas são poucas as mesas que escapam ao olhar atento das lagostas, sapateiras e afins, que parecem escrutinar atentamente cada um dos nossos passos. Ou será o contrário?