Restaurante criado com originalidade. Procura recriar um páteo, segundo a arquitectura rural dos montes alentejanos, com todo o ambiente campestre. Para além das especialidades, não deixe de experimentar as sobremesas típicas da região.
Ambiente e decoração: Decoração tipicamente alentejana. Sala arejada.Por aquelas bandas toda a gente conhece “A Maria” e, apesar do Alandroal ser uma terra pequena, é bem provável que não dê à primeira com a porta mas pergunte.
A decoração deste restaurante é, de facto, diferente. As paredes estão pintadas como se fossem fachadas exteriores de casas. Há portas, telhas, janelas e parapeitos que reentram na parede e até um par de calças e dois panos pendurados num estendal improvisado. A ideia é no mínimo original e para que a sensação de pátio seja completa, até há um canário a cantar dentro de uma gaiola.
A chegar à mesa estão a morcela, o pratinho de cogumelos, a farinheira e os restantes enchidos que já abrem o apetite. Finalmente vem a feijoada, para quem gosta de comidas mais consistentes. Terminada esta fase, é a vez das sobremesas.
Quando colocada a questão sobre a origem do doce, o proprietário foi prontamente à cozinha buscar uma folha A4 na qual se encontra o historial do doce. Segundo rezam as crónicas, já desde o tempo dos Descobrimentos que dois conventos alentejanos começaram a confeccionar a sobremesa. O convento das Chagas de Vila Viçosa resolveu chamar-lhe sericaia e o Convento das Clarissas de Elvas, sericá, embora basicamente seja a mesma coisa. Nós é que agradecemos.
O café e o digestivo são o remate perfeito e ajudam a tornar mais suave a digestão de tão apetecível almoço. Por fim, chega a dolorosa e menos 25€ no bolso em média, mas com a sensação que foram bem investidos.
REPORTAGEM ACTUALIZADA EM JULHO DE 2009