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Hotel Villa Aljustrel

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Inaugurado em abril de 2013, o Hotel Villa Aljustrel, denota, na sua arquitetura, a influência das minas de Aljustrel, emblemáticas desta localidade do distrito de Beja. De traça contemporânea, com quatro pisos, o edifício destaca-se pela harmonia das linhas e oferece vistas largas sobre a vasta planície alentejana. Com 33 confortáveis quartos, disponibiliza bar, restaurante, ginásio de manutenção, sauna, banho turco, entre outros serviços. O Restaurante Fio d` Azeite, com sala interior e pátio, propõe gastronomia tradicional alentejana e portuguesa. No topo do edifício, o terraço é o local ideal para desfrutar do panorama envolvente.

Categoria: 3 estrelas
Localização: Centro Cidade/Vila
Nº de quartos: 33
Acessibilidade de deficientes motores: Acessibilidade fácil
Morada: Rua General Humberto Delgado
Código Postal: 7600 099 ALJUSTREL
Tel: 284600800
E-mail: info@hotelaljustrel.com
Site: www.hotelaljustrel.com
Distrito: Beja
Concelho: Aljustrel
Freguesia: Aljustrel

Hotel Villa Aljustrel


Um hotel que vale ouro, prata e cobre


Nelson Jerónimo Rodrigues

Inspirado na tradição mineira de Aljustrel e na riqueza das suas terras, este hotel fica num edifício de linhas modernas e contemporâneas que sobressai, mas não destoa, entre o casario da pacata povoação alentejana. A identidade local e os produtos regionais servem de pretexto à decoração de vários espaços, como os quartos com poesia popular e imagens de minas ou o restaurante Fio d´Azeite que homenageia os sabores tradicionais. Haverá melhor que uma noite bem dormida e um prato bem temperado?

Omnipresente em quase toda a vida de Aljustrel, o universo mineiro não podia deixar de marcar presença no único hotel da povoação, inaugurado em abril de 2013. Desde logo ao nível da arquitetura, influenciada pelos malacates (elevadores) que levavam os mineiros até ao interior da terra. Esta inspiração deu origem a uma fachada marcante, sobretudo num canto do edifício revestido a ferro e vidro que enche a entrada de luz natural.

Aqui voltamos a encontrar referências à vida das minas, seja numa grande fotografia a sépia ou nos versos de poetas locais que recebem os visitantes. Nesta terra tão nobre / tens ouro / prata e cobre; a mais rica em Portugal, lê-se numa parede junto à receção que alude aos minérios encontrados no concelho, ainda que só o cobre (o mais frequente) seja atualmente explorado.

Mas em Aljustrel a terra também dá outras riquezas, como lembra a sala de estar vizinha, decorada com fotos de oliveiras e cores outonais e, sobretudo, o restaurante, situado no mesmo piso, ao fundo de um corredor. Mas já lá iremos. Primeiro vamos conhecer os quartos e os outros espaços nobres deste hotel que tem tudo para surpreender os visitantes, a começar pelas três estrelas que parecem escassas para a qualidade geral da unidade.

Do interior da terra às estrelas do céu

O alojamento do Hotel Villa Aljustrel divide-se por 33 quatros de três categorias: ouro, prata e cobre. Os primeiros são maiores, mais sofisticados e mais caros, enquanto os outros distinguem-se apenas pela decoração e tonalidades, alusivas a cada minério. Mais uma vez, surgem fotografias das minas e dizeres alentejanos nas paredes que remetem para a alma da região, como o que encontrámos nos nossos aposentos: Alentejo, Alentejo / Vastidão de Portugal / Futuro continental! /Terra lavrada a que vejo / A ser mar mas sem ter sal.

Modernos, confortáveis e espaçosos q.b., oferecem camas generosas e ligação gratuita (wirelless) à internet, além de televisão, ar condicionado, mini-bar e casa de banho com duche. As vistas variam consoante a localização dos quartos (há alas viradas para o campo e outras para o casario da vila) mas o melhor cenário alcança-se, sem dúvida, do terraço, situado no quarto piso. Chamemos, então, o elevador para nos levar até ao céu de Aljustrel.

O topo do hotel serve de miradouro privilegiado para os locais mais marcantes de Aljustrel, como as minas, a Ermida de Nossa Senhora do Castelo ou a Igreja Matriz. Mas o horizonte também se prolonga campo fora, num curioso contraste entre o branco da vila, o castanho da terra e o verde dos olivais. Nas noites quentes de verão, este espaço torna-se ainda mais tentador por isso são muitos os hóspedes que descem até ao Maria Oliveira Bar (na cave) para pedirem uma bebida e regressarem pouco depois ao terraço.

Junto ao bar existe uma área de leitura e internet (com livros em várias línguas e computadores à disposição), além da sala de reuniões que pode ser adaptada a vários tipos de eventos. Para os mais desportistas também há um ginásio com sauna e banho turco (também ele decorado com fotografias de oliveiras) totalmente gratuito para hóspedes. Só falta mesmo uma piscina…

Um restaurante com os azeites

Para o final reservámos um dos ex-líbris do hotel, o restaurante. Batizado com o nome Fio d´Azeite, como forma de homenagem a um dos produtos mais nobres da região, dá a provar o melhor da gastronomia alentejana num ambiente sofisticado mas descontraído e a preços justos para o nível apresentado. Uma refeição completa (com entrada, prato, bebidas e sobremesa) custa em média 20/25 euros mas de segunda-feira a quinta-feira também há um menu executivo (exclui as bebidas) por 12,5€. E os hóspedes ainda têm direito a um desconto final de 10%.

Da cozinha do chefe David Marques (jovem promissor que tem como consultor o prestigiado chefe Louis Anjos) saem pratos criativos e genuínos, embora com um toque de irreverência. É o caso do gaspacho com carapauzinhos fritos em azeite (entrada), da lagarada de bacalhau com batatinhas a murro, grelos salteados e azeite d`alho (prato de peixe), das migas à alentejana com carne de porco de alguidar (carne) ou do leite creme de poejo (sobremesa).

A nova carta de inverno (a lançar no final de outubro) irá introduzir sabores diferentes, como ensopado de borrego ou especialidades de caça, e uma novidade por estas paragens: pratos harmonizados com néctares alentejanos que prometem revelar a combinação perfeita entre vinhos e gastronomia. Afinal, este chão que dá ouro, prata e cobre também dá azeite, ervas aromáticas e vinhos de eleição. Razão tinha o poeta, para quem terra mais rica não há. 

2014-10-15
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