O Hotel do Colégio fica situado no centro histórico de Ponta Delgada e está instalado num belo edifício restaurado do século XIX, plenamente integrado na paisagem urbana.
Categoria: 4 estrelasBem no centro de Ponta Delgada, a um passo das Portas da Cidade e da zona comercial, o Hotel do Colégio recebeu-nos como se fossemos amigos de longa data. Este tratamento tão personalizado não é de esperar num hotel de quatro estrelas, mas é precisamente por aí que Fernando Neves, o seu proprietário, pretende marcar a diferença face a outras unidades hoteleiras.
Uma casa das laranjas
A entrada do hotel revela-nos um átrio empedrado, com abóbadas que nos conduzem a outras áreas: à esquerda, a recepção. É para lá que queremos ir. Enquanto aguardamos pela vez de sermos atendidos, vamos “navegando” na Internet, a partir do computador disponibilizado para o efeito.
Uma das primeiras coisas que aprendemos sobre este edifício é que data do século XIX, época do florescimento do comércio da laranja com a Inglaterra, e que as suas características opulentas denunciam este facto. Enquanto nos transportam a bagagem, somos informados de que o hotel tem duas alas: uma, chamada Conservatório, e outra, chamada Colégio. O motivo liga-se directamente às anteriores utilizações que cada parte do edifício teve.
Mas já vamos às histórias, que são uma mão cheia delas. Por agora, interessa-nos saber que vamos ficar na zona antigamente dedicada ao ensino da música e que, precisamente por essa razão, os quartos têm todos nomes de canções típicas dos Açores. O nosso? Saudade.
Largamos as malas no quarto amplo e moderno, com uma cama de grandes dimensões e aspecto muito confortável, e ainda com um pequeno terraço privativo, e dirigimo-nos ao bar, porque está quase na hora do chá.
Histórias para contar
Uma das “missões” assumidas pelo Hotel do Colégio, conta-nos Fernando Neves, é a de divulgar a autenticidade açoriana. Não é à toa que reclama para si o estatuto de “janela da essência e alma” do arquipélago.
Daí o chá. Todos os dias, por volta das cinco, como manda o figurino, qualquer pessoa se pode dirigir ao hotel e deliciar-se com um verdadeiro chá açoriano, que o mesmo é dizer, micaelense. Acompanhado por delícias como o bolo lêvedo, a massa sovada, os queijos mais diversos, entre curados, amanteigados, frescos e requeijões, doces caseiros, bolinhos e um não mais acabar de tentações. Para além disso, a sala contígua à recepção exibe constantemente exposições de artesanato e outras, sempre na perspectiva de realçar o que de melhor se faz por estas ilhas.