É umas das feiras mais antigas do país, com raízes na feira anual que ali se realizava nos finais do século XVIII e onde se comercializava o gado. Hoje em dia poderá encontrar nesta feira todo o tipo de produtos, de ferramentas a calçado, mobílias e antiguidades.
Data e Periodicidade: Todas as quintas-feiras / SemanalTodas as quintas-feiras, a pacata vila da Malveira enche-se de vida e cor graças a uma das feiras mais antigas da região que começou por vender gado mas agora tem de tudo um pouco, desde frutas e hortaliças a roupa e ferramentas. Ó fregueses, olhó artigo saloio e barato!
Corria o dia 25 de março de 1783 quando, por foral da Rainha D. Maria I, teve lugar a “primeira feira livre de direitos” da Malveira. A data, dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, parece ter sido abençoada porque o então mercado anual ganhou tal fama que passou a realizar-se todas as semanas. Religiosamente às quintas-feiras.
No início destinava-se sobretudo à compra e venda de gado e carne bovina que abasteciam a capital, mas com a chegada do caminho-de-ferro ao oeste (a estação da CP fica a dois passos) a feira começou a ser frequentada por comerciantes e fregueses de todo o país. E numa recente votação local até foi eleita a maior maravilha da Malveira, à frente da mata e das trouxas.
Hoje, quase tudo se vende por lá. Queijos e enchidos, hortaliças e legumes, roupa e calçado, pão e doces regionais, ferramentas e alfaias agrícolas, antiguidades ou mobília compõem um mosaico de cores e feitios que regala os olhos e desarma até o mais poupado dos visitantes.
Da horta para a feira
Seja qual for o mercado, quando mais nos aproximamos do “epicentro” menores são as probabilidades de arranjar estacionamento. A Malveira não é exceção por isso não se aproxime demasiado do Largo da Feira e arrume o carro assim que der conta dos primeiros sinais de borburinho e agitação.
Nós fizemo-lo junto ao Monumento do Bombeiro, no início da Rua 1º de Maio, e chegámos lá num par de minutos. Logo à entrada vendem-se tratores e bicicletas mas também cd`s piratas e contrafações de perfumes de marca, dando a entender que até o mais rural dos mercados já sofreu os efeitos da globalização.
Mesmo assim não foi preciso andar muito para chegarmos à zona das futas, legumes e hortaliças, essa sim tipicamente saloia. Por aqui ainda se vende o caldo verde acabado de cortar, as couves apanhadas de madrugada na horta e a fruta (pequena mas saborosa) do quintal lá que casa. Mais barato e com melhor qualidade que no supermercado, não se cansam de repetir os vendedores.