A Ecoria - Empresa Turística da Ria de Aveiro, Lda, foi criada em 1993, tendo como objetivo principal a actividade marítimo-turística. Desenvolve passeios turísticos em embarcações típicas - Moliceiros e Saleiros - e ainda em lanchas panorâmicas, por toda a área abrangida pela ria de Aveiro. A empresa tem também como objectivo colmatar a lacuna existente na exploração das potencialidades paisagísticas, ambientais e turísticas do património natural da região. A sua frota é constituída por seis embarcações (1 moliceiro, 3 mercantéis e 2 lanchas panorâmicas).
Observações: Outros contactos: 967 088 183Apesar de mais conhecido, o moliceiro não tem o exclusivo da ria de Aveiro porque o mercantel também lhe faz frente. Antigamente no transporte de carga (sal e areia) e passageiros, agora nos passeios turísticos que desde 1993 a Eco Ria organiza pelos canais daquela cidade. Para seguir viagem, quer num, quer noutro, gasta 5€ (junte mais 1€ de taxa turística) e 45 minutos de um tempo que seguramente dará por bem empregue.
O Tal Canal
Chegam a ser uma dezena, as embarcações ancoradas no Canal Central da ria de Aveiro. São moliceiros, mercantéis e também por lá se vê uma lancha com a qual a Eco Ria faz passeios para grupos com almoço a bordo.
Com os seus painéis coloridos e brejeiros à proa e à ré, ao moliceiro - o barco destinado à apanha do sargaço (moliço) - chamam-lhe o ex-líbris da ria. Foi, no entanto, num mercantel novo mas adaptado às novas funções turísticas (construído em fibra de vidro e com as cadeiras viradas em posição frontal) que seguimos passeio. Antigamente o mercantel ou saleiro era movido à vela, à vara e a remos, agora para turista ver, a motor, claro.
A tripulação é composta por dois marinheiros e sempre que possível por Catarina Diogo que faz as honras da casa e guia os passeios em português, espanhol, inglês e francês por quatro canais da ria.
Ouro Branco
Já navega o mercantel. Junto ao Rossio da cidade - noutros tempos uma marinha de sal - apreciamos as fachadas Arte Nova. Um desses edifícios foi escolhido, precisamente, para albergar o museu dedicado a este estilo artístico decorativo.
O Canal Central desemboca no das Pirâmides, assinalado por duas estátuas de betão com o formato deste sólido geométrico e que representam uma atividade que durante séculos foi próspera em Aveiro: a produção de sal.
A funcionarem de março a outubro, as salinas e toda a zona mais “natural” da ria ficam do lado de lá da eclusa que controla a subida e descida das águas da ria. Sendo a ria um braço de mar que irrompe terra adentro, também esta está sujeita às marés. Depois de passada a eclusa (este passeio fica-se apenas pelos canais da cidade) estão 47 quilómetros de ria que vai de Ovar a Mira, já no distrito de Coimbra. A ligação artificial com o mar (aberta em 1808) dá-se na Barra, a oito quilómetros daqui.