O Centro Português de Fotografia, serviço criado pelo Ministério da Cultura em 1997, nasceu com intuito de assegurar uma política nacional para a fotografia. Este espaço inserido no edificio da Cadeia da Relação, tem a seu cargo vários domínios, tais como património e arquivos, promoção e divulgação da produção e da cultura fotográfica e formação nas áreas específicas da fotografia e do património fotográfico.O CPF é responsável pelo desenvolvimento de programas de exposição, na sua sede e em itinerância nacional e internacional, divulgando autores portugueses, quer na área da produção fotográfica, quer na de conservação e restauro de colecções ou ainda da história e da teoria da fotografia e de uma política de edição, servindo todos estes domínios.O C.P.F. assegura ainda a articulação entre as entidades tendo por isso surgido vários projectos de co-produção.
Dia(s) de Encerramento:A pretexto do Dia Mundial da Fotografia (19 de Agosto), aceite o convite para conhecer um edifício monumental onde, pelo meio dos flashes que gravaram as memórias do país e do mundo, se viveram também acontecimentos marcantes da cidade do Porto.
A origem da palavra é grega: foto significa luz e grafia escrita. Da junção dos dois termos resulta a ideia de desenhar com luz. Foi a sua capacidade para captar o momento e até alterar a percepção do real fotografado que a foi transformando numa arte cada vez maior.
A propósito do Dia Mundial da Fotografia, que se comemorou a 19 de Agosto, sugerimos que parta à descoberta da antiga Cadeia da Relação, que alberga o Centro Português de Fotografia, que, como é óbvio, não podia deixar de registar a efeméride com a inauguração de duas novas exposições: De um chão nosso e Viagens.
As exposições
A entrada faz-se pela praça do Campo dos Mártires da Pátria. Transposta a pesada porta, entra-se num mundo de reclusão e austeridade. Os dois primeiros pisos albergam as exposições temporárias e no último está o espólio permanente.
De um Chão Nosso, da autoria do arquitecto Mário João Mesquita, apresenta 80 imagens de pormenores de aldeias durienses, um trabalho realizado durante o ano de 2007, no âmbito de um inquérito à paisagem construída da região património mundial.
«É um trabalho que pretende registar e fixar em suporte fotográfico sítios, percursos, edifícios e conjuntos edificados mais ou menos anónimos, mais ou menos chãos, descendo à escala dos materiais e dos pormenores, contribuindo para a valorização dos contextos das comunidades em torno do vale do Douro», explica o autor na sinopse da exposição, que contou com a participação de Sónia Pinto Basto. Importante compilação da arquitectura da região, esta mostra funciona também como um relevante arquivo fotográfico das vivências e marcas de uma das mais belas paisagens do país. Patente até 2 de Novembro na Sala de Aurélio da Paz dos Reis.
Em simultâneo, na sala de reuniões, são exibidas 46 fotografias a preto e branco de Manuel Araújo. Viagens é um périplo por culturas e mundos distintos captados num estilo próprio com uma câmara de 35 mm em algumas das mais importantes capitais europeias, em pleno dealbar da mudança de século, perpetuando para a posteridade as metamorfoses de cidades como Praga ou a luz de Paris. Para ver até 14 de Setembro.