Aero Clube do Norte

Observações: Tlm. 961943557 ou 917555790

Clube fundado a 31 de agosto de 2001.

Morada: Apartado 74
Código Postal: 4494 909 PÓVOA DE VARZIM
Tel: 936412057
E-mail: geral@aeroclubedonorte.com
Site: www.aeroclubedonorte.com
Distrito: Porto
Concelho: Póvoa de Varzim
Freguesia: Póvoa de Varzim

Um ultra-leve em Espinho


Sem portas nem janelas, só com o céu inteiro à volta e, durante um bocadinho, com os comandos do ultra-leve na mão. O sonho de todos os homens não é voar? Cá está a possibilidade.


Nuno Maia

De frente para a pista o instrutor revê os últimos pormenores. Os cintos estão apertados, os comunicadores estão a funcionar na perfeição. É altura de levantar voo. Aqui não há hospedeiras para fechar a porta e dizer onde estão as máscaras de oxigénio. Mas na verdade, também não existem portas nem máscaras. Já agora, o melhor é esquecer também os sacos para o enjôo. Num ápice, a velocidade do ultra-leve aumenta. É nesse momento que, normalmente, surge um aperto no estômago. Mas não vale a pena preocupar-se. Faz parte do ritual de um baptismo de voo, e muitas pessoas já sentiram o mesmo. Mais vale pensar assim. Para além do mais, já é tarde para desistir. Poucos segundos depois, quase sem se dar por isso, aí está ele, no ar, a voar como um pássaro, sobre as praias de Espinho. À medida que o chão vai ficando mais distante, o medo inicial mistura-se com uma sensação de descontracção difícil de descrever. Talvez aquilo a que chamam adrenalina.

A vista é realmente muito bonita, propícia, por isso, a boas fotografias para mais tarde recordar. O que é conveniente, que não é todos os dias que se voa assim.


Aos comandos

O voo é, geralmente, muito calmo e com pouca turbulência. Pelo menos até à primeira mudança de direcção, altura em que o ultra-leve se inclina um pouco mais para o chão. Mas como se costuma dizer, o que custa é a primeira vez, neste caso, a curva. Depois já nem se dá por isso.

Cá em baixo, as pessoas vão acenando invejosamente para o ultra-leve, enquanto mais à esquerda um grupo de miúdos, inspirados pelos craques do futebol de praia, aproveitam para fazer uns remates a uma baliza e a um guarda-redes improvisados.

Para além disso há ainda o aeródromo, a areia, o mar, e as casas. Uma diversidade enorme de imagens, ao alcance de um curto olhar.

A meio do voo, quando as coisas parecem finalmente estabilizar, o simpático instrutor larga a manípulo, em tudo parecido com um joystick para o computador - antes fosse - e convida o passageiro a controlar o avião. Pronto, o nervoso miudinho volta a instalar-se. Não havia necessidade nenhuma. Faça-o o mais rápido possível.


Mais uma vez?


Cerca de 15 minutos depois de ter começado, é altura de iniciar a aterragem, quase tão calma, diga-se, como o resto do voo. Já com os pés em terra firme, e com as emoções repostas, é que percebe o momento que se acabou de viver. Normalmente a vontade de repetir a experiência é muita. Se assim for, porque não. Não seria o primeiro nem, com certeza, o último.

2001-08-15
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