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S Restaurante & Petiscos

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Com magníficas instalações junto ao Largo do Rato, numa sala em pedra com ambiente sóbrio e elegante, o S Restaurante & Petiscos renasceu em julho de 2017 pela mão da chefe Ilda Vinagre. Com um longo historial de restaurantes de sucesso em Portugal e depois no Brasil, trabalhando sempre e sobretudo a cozinha tradicional alentejana, Ilda Vinagre apresenta aqui ementa diárias confecionadas com os melhores produtos do dia e da estação.

Acessos: Metro: Rato
Dia(s) de Encerramento: Domingos
Estacionamento: Parking a 50 metros
Preço Médio: 25.00
Tipo de Restaurante: Portuguesa, Regional
Horário de Funcionamento: Segunda a sexta das 12:00 às 16:00 e das 20:00 às 23:30. Sábado das 20:00 às 23:30.
Área para fumadores: Zona Fumadores + Zona Não Fumadores
Morada: Rua São Filipe de Neri 14
Código Postal: 1250 227 LISBOA
Tel: 213866372
E-mail: s-restaurante@outlook.com
Site: www.facebook.com/s.restaurante.petiscos
Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa
Freguesia: São Mamede

S Restaurante - Lisboa


Para nós, o S é de surpreendente


Ana Marta Monte

Para uma pessoa mais distraída, o S Restaurante poderia facilmente passar despercebido com a sua pequena e discreta fachada. Mas um olhar mais atento faz adivinhar o interior rústico e acolhedor, com pratos inspirados na Beira Alta que, combinados com outras influências resultam numa agradável surpresa.
 

É em plena zona do Rato, mais precisamente na Rua São Filipe Neri, nº 14, ao pé dos Correios que se situa o S Restaurante. Ao entrar, o espaço convida a uns minutos de contemplação. Dividido em três áreas distintas mas interligadas, encontramos uma mistura de moderno e tradicional e, ao mesmo tempo, de elegante e rústico.

Um grande balcão em mármore logo à entrada contrasta com as paredes e colunas em pedra que nos fazem sentir mais aconchegados, como se estivéssemos em casa. Resta-nos agora sentar e perceber se vamos ter vontade de voltar. Rapidamente percebemos que sim…

Beneficiando da herança do restaurante italiano que lá morava – o “La Brusketta” – o grande forno que antes fazia as tradicionais bruschettas e pizzas é agora utilizado pelo chefe do S Restaurante, Miguel Fernandes, para cozer o delicioso pão servido de entrada e a bôla, de que faremos referência mais à frente.

Mas importa falar também das azeitonas, pequeninas e magrinhas, um desconsolo para os olhos, mas um verdadeiro deleite gastronómico para o paladar. Ficámos a saber que vêm de Seia, tal como o próprio chefe, o que nos suscitou a curiosidade quanto ao que estava para vir, conscientes da qualidade e tradição que as gentes da Beira Alta transmitem através da sua gastronomia. E ainda mais ao saber que, no S Restaurante, essa herança é conjugada com outras influências da gastronomia tradicional portuguesa.
 

Roteiro gastronómico

Combinámos um pequeno “roteiro” de pratos na nossa mesa. A começar pelo arroz de lingueirão, difícil foi parar de o comer. Bem apurado, bastante saboroso e, na verdade, inesperado porque não é habitual encontrarmos lingueirão numa ementa lisboeta. Seguiu-se o cabrito com batata assada e grelos, que agradou no aspeto e ainda mais no sabor.

Mas a curiosidade estava no que vinha a seguir: a tão famosa e original bôla de cozido que provoca quase uma romaria ao S Restaurante. O espaço, a uma sexta-feira à hora de almoço, fazia fila, a maioria, clientes habituais. Impressionante para um espaço com capacidade para 86 pessoas.

Mas voltando à bôla… Deliciosa. Intrigante. E desafiadora porque é impossível deixar algum pedaço de sobra na travessa. Para provocar uma maior harmonia de sabores, as carnes do cozido são minuciosamente selecionadas, apenas constando as mais nobres deste prato, que são depois envolvidas com os enchidos e as couves e posteriormente abraçadas pela massa do pão. Dito assim, parece fácil, mas estão aqui muitas horas de confeção e maturação pelas mãos do chefe Miguel Fernandes.

Curiosamente, num rápido olhar de relance pelas outras mesas este é, sem dúvida, o ex-líbris do S Restaurante. Mas desengane-se se acha que trouxemos a receita connosco. Resta-nos cá voltar se quisermos repetir a experiência. E por esta bôla, voltamos e com muito gosto.
 

Comida tradicional a preços acessíveis

Estas foram as iguarias que nos vieram parar à mesa e ao paladar – já que o estômago era pequeno para mais especialidades -, há muitas outras que poderá provar na visita que com certeza irá fazer ao S Restaurante depois desta descrição.

De segunda a sexta-feira ao almoço pode contar com uma ementa bastante acessível com quatro pratos que variam de acordo com o dia da semana. Desde peixe-galo com arroz de tomate, atum braseado, polvo com batata-doce e puré de courgette, feijoada de lebre, arroz negro com choco, ou arroz de coelho bravo com carqueja, estes são alguns dos pratos que estão sempre sujeitos à disponibilidade do mercado. Mas se ainda está a pensar na bôla, adianto-lhe já, é só às terças e sextas.

Se prefere um jantar mais divertido e descontraído, sem ter que se preocupar com o trabalho a seguir, pode optar por vir à sexta ou sábado à noite, sob o conceito de Petiscos Portugueses (tapas), aberto até à 1h da manhã. Mas o S Restaurante abre também à semana, à noite, por marcação, para um mínimo de 16 pessoas. Aqui, a ementa também é variada. Pode optar por salada de figos c/tomate cherry e rúcula, sopa de cação, magret de pato, supremos de novilho, rolo do Mar, entre muitos outros pratos.

A acompanhar todas estas especialidades, as bebidas também prometem surpreender. Escolha algo leve como a deliciosa limonada com bastante gelo e um ligeiro travo a hortelã, ou então peça a carta de vinhos. Aí, o S Restaurante prefere ter uma oferta relativamente curta para poder proporcionar uma melhor qualidade/preço. Pode optar pelo vinho da casa bastante apreciado, ou provar um diferente, na sua maioria de pequenas produções cuidadosamente selecionadas e de grande qualidade, fugindo um pouco à oferta que se encontra na grande distribuição.


Um pouco do S em sua casa…

E deixámos para o fim a surpresa: a bôla de cozido pode ser encomendada e levada para casa. Basta para isso ligar no dia anterior a reservar, informando o número de pessoas que a irá apreciar, pois daí depende o tamanho da mesma.

 


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