Junto ao Castelo de Guimarães, o Papaboa, a funcionar desde 2003, aposta na "nova cozinha portuguesa", num ambiente distinto, de grande conforto onde sobressai o bom gosto e arte de bem receber. A cozinha é da responsabilidade de uma jovem chefe natural da cidade, Isabel Vitorino, que recria alguns dos mais tradicionais pratos da gastronomia portuguesa.
Acessos para deficientes: NãoA paredes-meias com o Castelo de Guimarães, o Restaurante Papaboa dá a conhecer novos cambiantes da cozinha portuguesa pela mão de Isabel Vitorino, uma jovem chefe natural da cidade.
Cidade tradicionalista por excelência, Guimarães guarda – além do seu antigo Castelo e Centro Histórico, elevados a Património da Humanidade – um restaurante que surpreende, o Papaboa. À primeira vista, pela arquitectura e decoração – arrojada e minimalista, da autoria de Francisco Teixeira e Jorge Araújo. À segunda, pela carta, onde os pratos costumeiros da gastronomia portuguesa não dispensam um toque de novidade, e as criações da chefe Isabel Vitorino aliam com mestria a novidade e a tradição.
Desígnio Familiar
Inaugurado há cerca de dois anos, o restaurante é gerido por dois irmãos: Isabel e Filipe Vitorino. Ambos deixaram a cidade de Guimarães, de onde são naturais, para estudar hotelaria, no sul do país. Ela formou-se na Escola do Estoril, em Cozinha e Pastelaria e ele na Universidade do Algarve, em Gestão Hoteleira.
Estagiaram em alguns dos melhores hotéis do país durante cerca de dois anos e, concluída a formação, regressaram à terra de origem para “criar um restaurante único na cidade”, explicam, “onde a oferta prima sobretudo pela gastronomia regional”. O pai ofereceu-lhes o espaço – uma antiga casa de infância, pertença da avó – e os irmãos agarraram a oportunidade com visão.
A princípio a proposta inovadora do Papaboa foi recebida com estranheza. “Os estrangeiros de visita à cidade para reuniões de negócios foram os primeiros a aderir às nossas sugestões”, contam. Mas, actualmente a clientela já fala português. Os vimaranenses renderam-se.
“Quem prefere um ambiente mais intimista e sofisticado vem até cá, pois garantimos sempre espaço suficiente entre as mesas para que cada um possa jantar e conversar com privacidade, prática cada vez menos frequente”, justificam.
Por outro lado, acrescentamos nós, e porque os olhos também comem, o empratamento é cuidado e a decoração, irrepreensível. E aos fins-de-semana nem sequer falta um pianista, embora, atente-se que, apesar de elegante, o ambiente do Papaboa é desempoeirado.