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Restaurante Panorâmico

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Restaurante de cozinha regional, possui uma magnífica vista para o rio Mondego e o seu vale, através da sua grande sala envidraçada. Destaque para os pratos de caça (javali com castanhas, veado com figos, faisão estufado, lebre à caçador) e para os peixes de rio (lampreia à bordalesa e sável).

Acessos: Situado junto à Câmara Municipal de Penacova.
Dia(s) de Encerramento: Segundas
Especialidades: Entradas: Presunto; Chouriço; Queijo. Carne: Enchidos; Arroz de Pato; Chanfana; Cabrito; Javali com castanhas; Veado com figos; Perdiz com couve lombarda; Faisão estufado; Lebre à caçador. Peixe: Lampreia; Polvo à Lagareiro; Línguas de bacalhau. Doces: Nevada de Penacova; Pastel Lorvão; Torta de noz; Mousse de chocolate; Pêra em vinho.
Estacionamento: Sim
Horário de Encerramento: 00:00
Lotação: 70
Necessidade de reserva: Aconselhável.
Preço Médio: 35.00
Recomendado para grupos: Sim
Tipo de Restaurante: Portuguesa, Regional
Horário de Funcionamento: Terça e quarta das 12h às 15h. Quinta a domingo das 12h às 15h e das 19h às 22h.
Área para fumadores: Não Fumadores
Morada: Largo Alberto Leitão 7
Código Postal: 3360 191 PENACOVA
Tel: 239095403
Site: www.facebook.com/Panor%C3%A2mico-Restaurante-517077728676469/
Distrito: Coimbra
Concelho: Penacova
Freguesia: Penacova

Restaurante Panorâmico - Penacova


Almoço bem disposto com vista para o Mondego.


N'Dalo Rocha

O relógio já marcava 13:35 e eu estava cinco minutos atrasado para mais uma das minhas reportagens gastronómicas. Desta vez quis o destino, ou melhor o plano de viagem, enviar-me para uma terra simpática chamada Penacova, a cerca de 25 quilómetros de Coimbra.

Cheguei junto à Câmara Municipal perguntei a umas jovens onde era o restaurante panorâmico e prontamente me indicaram que era ali mesmo. Sorte ou talvez apenas pura intuição de viajante. Estacionei em frente à pérgola Raúl Lino, contornei o edifício, desci uma escadas e voilá.

Descobri um restaurante agradável, com um toque chique. Comprido, de formato rectangular, por dentro é todo em madeira com amplas janelas que permitem ver para todo o lado.

Tem cerca de 70 lugares e quase todos fazem jus ao epíteto de panorâmico, pois desfruta-se de uma paisagem magnífica sobre o Mondego. Na zona de Penacova o rio é tranquilo, descrevendo uma curva de cerca de 90 graus, e na sua margem direita encontramos uma apetecível praia fluvial, e porque estava a fazer um bom sol, até suspirei pela sesta na areia.

Após estas breves impressões, caminhei até ao centro da sala e cumprimentei o proprietário, o Sr. Arménio, um bon vivant simpático e bonacheirão que logo me pôs à vontade. Escolhi uma mesa ao fundo, mas não a última, conhecida também como mesa dos presidentes onde Sampaio e até Soares já almoçaram. Desta vez um casal almoçava, por isso perdi a minha oportunidade.

Fiquei sentado na penúltima mesa porém no lugar de dentro, pois o sol é um pouco forte a partir da duas da tarde. Segui os conselhos de quem sabe.

Enquanto esperava pela comida e me ia entretendo com as entradas, alguns enchidos e queijinho de cabra, ouvia por instantes o acalorado almoço de negócios entre o presidente da Câmara e alguns empresários locais. Afinal o edil trabalha mesmo por cima do restaurante, o que se justifica.

Terminei as entradas e aguardava pelo arroz de pato, feito no ponto e bastante solto. O vinho, um tinto da Bairrada, ácido e aromático, estava mais do que à altura das circunstâncias, casando bem com o arroz.

Com o passar do tempo, o restaurante foi ficando vazio e eu, aproveitei para me ferrar à conversa com o Sr. Arménio que se autodefine como “um miúdo do rio”. A verdade é que ainda nem 20 anos tinha e passou a salto para Paris e por lá ficou até se tornar mâitre de hotel, profissão que exerceu durante anos. Histórias hilariantes de rebentar a rir foram-me reveladas dos tempos loucos de Montmart na década de 70.

E para não ficar desamparado nem sequer ser mal educado com o meu anfitrião, decidi mais uma vez aceitar a sugestão de provar um pouco da nevada de Penacova e do pastel de Lorvão. Por fim, rematei tudo com a excelente aguardente caseira, feita no alambique do sogro, um bálsamo para aconchegar a digestão.

 

2003-12-09
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