O renovado Alma do chefe Henrique Sá Pessoa reabriu, com nova localização, em pleno Chiado, em novembro de 2015. Fruto de um trabalho de uma vasta equipa, o Alma trabalha a gastronomia portuguesa contemporânea numa perspetiva de renovação constante. Rodolfo Tristão é o sommelier e a pastelaria está a cargo de Telmo Moutinho. O conceito em vigor é casual dining que convida a usufruir da cozinha de autor do chefe nem ambiente tão sofisticado quanto informal. A ementa vai beber inspiração a vários elementos, em especial as viagens pelo mundo (e pela Ásia em particular) e a cozinha tradicional portuguesa.
O Alma ocupa um antigo armazém da livraria Bertrand, edifício pombalino do século XVIII, cuja recuperação esteve a cargo do arquiteto Tiago Silva Dias que procurou manter os elementos originais, intervindo apenas nos detalhes. Nas paredes podemos apreciar duas tapeçarias estilo mural. O espaço está dividido em duas salas ligadas entre si pela garrafeira em ferro. As mesas e cadeiras foram desenhadas pelo arquiteto, bem como os candeeiros em cobre de inspiração monástica.
Uma especial atenção foi dada à iluminação com a criação de seis ambientes de luz (que observam as regras da iluminação de museus e galerias), da autoria do engenheiro Vitor Vajão
Forrada com azulejos negros e mantendo as abóbadas originais, na cozinha tudo gira à volta do fogão Bertos, uma peça única, desenhada em Génova, com o impressionante peso de 760 quilos. A ligar a cozinha à sala principal está um balcão em lioz. Daqui é possível observar a equipa em plena ação.
Por fim, a carta de vinhos reúne cerca de 220 referências nacionais e internacionais, várias servidas a copo.
O restaurante foi galardoado com uma estrela Michelin (guia 2017).