Restaurante pertencente ao hotel com o mesmo nome, situado à beira-rio, numa localização privilegiada e que oferece uma vista magnífica para a outra margem e para as luzes de Lisboa. A arquitectura do espaço é excelente, valorizando bastante a localização, já que a sala de refeições é ampla, com a fachada toda envidraçada virada para o rio. Existe também uma esplanada mesmo em cima do rio onde também se poderá jantar, se o estado do tempo permitir. Enquanto espera pela sua mesa, tem mesmo ao lado um bar igualmente acolhedor e confortável, com a mesma vista deslumbrante.
Acessos para deficientes: SimAlcochete e Lisboa namoraram-se à distância durante anos a fio, até que a construção da Ponte Vasco da Gama veio permitir-lhes, finalmente, darem as mãos.
A distância entre a capital e a simpática vila ribeirinha reduziu-se a um número aceitável, por exemplo, numa deslocação para almoçar. E foi isso, precisamente, que nós fizemos. Saímos do centro de Lisboa à hora do almoço para pararmos, 25 quilómetros depois, à porta do Al Foz, um restaurante com uma dúzia de bem sucedidos anos de existência. A entrada no Al Foz faz-se por um amplo hall, cuja decoração denuncia imediatamente o domínio de elementos náuticos. Passada a recepção, dirigimo-nos ao bar, onde algumas pessoas tomam um aperitivo enquanto apreciam a vista, coisa que, aliás, pode fazer-se aqui e na sala do restaurante, pois ambos são totalmente envidraçados do lado do rio. Resta-nos, ainda, para o mesmo efeito, o amplo terraço em madeira, que lembra o convés de um barco de recreio.
A sala do restaurante está inundada de luz natural, às 13 horas de um dia muito agradável. As madeiras envernizadas “aquecem” o ambiente, enquanto que os motivos azuis e brancos dos tecidos e objectos de decoração fazem-nos crer que nos encontramos, de facto, a navegar. Passemos, então, à parte exterior, na qual almoçaremos hoje, graças à temperatura aconchegante e, sobretudo, à ausência de vento. Quando as características assim se conjugam, ao almoço ou ao jantar, colocam-se mais mesas no terraço e os clientes podem usufruir da companhia do Tejo durante a refeição. Enquanto desfilam as entradas à nossa frente, pontuadas por ingredientes do mar, como o Polvo à Galega, a Salada de Ovas ou o Mexilhão de Vinagrete, vamos descobrindo o impacto real da mais recente ponte sobre o Tejo. Para que seja mais facilmente compreensível, digamos que este restaurante é um bastião da “slow food”, um conceito antiquíssimo mas que foi recentemente recuperado por uma tendência que pretende combater o predomínio da “fast food” nos nossos hábitos alimentares.
2004-10-19