A Quinta da Fidalga, cuja fundação remonta ao século XV, constitui um dos exemplos mais antigos e mais bem preservados das quintas agrícolas e de recreio outrora existentes nesta região. Nos séculos XVII e XVIII está documentada a ligação à família Gama Lobo, da qual vários membros se destacaram no serviço régio, sobretudo enquanto secretários do Conselho da Fazenda.
Ainda no século XVIII destacava-se já pelos seus excelentes pomares de citrinos, ruas cobertas de árvores silvestres e parreiras em latadas. Dois poços equipados com noras forneciam água para a rega e para alimentar três fontes de embrechados. Distingue-se também pelo lago de maré, que constitui um monumento raro ou quase único na arquitetura hidráulica portuguesa. Possui ainda uma capela que foi integrada no palacete em meados do século XX em substituição de outra mais antiga. As paredes interiores estão revestidas de azulejos do século XVIII e de reproduções também deste período. Em 1952, o palacete e os arruamentos da quinta registaram várias intervenções dirigidas pelo arquiteto Raul Lino, destacando-se os azulejos, de várias épocas dispostos por diversos pontos dos jardins.