Criada em 1979, é uma das maiores áreas protegidas portuguesas, com 75 000 ha e cujo símbolo é a flor de castanheiro. Situa-se no nordeste transmontano, formando um polígono cujos vértices são Bragança, Vinhais, Cisterna e Rio de Onor. Engloba as serras de Montesinho (1438 m) e da Coroa (1117 m), numa paisagem de montanha, marcada pelo contraste entre as cumeadas e os vales abertos pelas linhas de água no terreno xistoso.
Os principais cursos de água - que nascem no parque ou que o atravessam - correm de norte para sul. De ocidente para oriente sucedem-se o rio Mente (na fronteira ocidental do parque), o Rabaçal, o Tuela, o Baceiro, o Onor e o rio das Maçãs. O Baceiro é afluente do Tuela e o Mente afluente do Rabaçal. Tuela e Rabaçal confluem próximo de Mirandela, formando o Tua. Os rios Igrejas e Onor formam o Sabor, na aldeia de Gimonde (perto de Bragança) e alguns quilómetros a jusante o rio Sabor recebe o seu afluente Maçãs.
A paisagem varia da alta montanha (elevações da Lama Grande, a norte da aldeia de Montesinho, onde por vezes neva fortemente), aos lameiros (campos mantidos sempre verdes devido a um engenhoso sistema ancestral de irrigação e reservados ao pasto do gado). As matas, igualmente presentes, incluem carvalhais, soutos, pinheiros e vidoeiros. Quanto à fauna, destacam-se o açor, a águia-real, a toupeira-de-água e o javali. Nas zonas de maior altitude da serra de Montesinho, acima dos 1200 m, é comum haver neve e nevoeiros de Dezembro a Março.
Rio de Onor é a aldeia mais conhecida do parque, pois mantém curiosas tradições comunitárias, mantendo-se o costume de fazer festas com máscaras, inspirados em ancestrais rituais de passagem ou iniciação, por altura do Natal e São Silvestre, numa série de aldeias vizinhas de Bragança.