Classificado como Monumento Nacional, é o mais antigo palácio de Lisboa, situado entre o Castelo de S. Jorge e Alfama. Do seu exemplar conjunto arquitetónico fazem parte uma torre romana de 123 a.c e duas torres árabes de 700 d.c. Em 1640, foram acrescentados novos elementos à construção original, nomeadamente um impressionante terraço e cinco fachadas em estilo clássico. Por alturas de 1710, foi encomendada ao mestre Manuel dos Santos e a Valentim de Almeida uma decoração de 59 painéis de azulejos, representando cenas de grande beleza, que se encontram distribuídos pelas salas, salões e suites do palácio. Quando ocorreu o terramoto de 1755, o palácio não sofreu quaisquer danos, o que foi considerado um milagre. Em homenagem ao sucedido, mandou-se erguer um pequeno altar. O actual proprietário, Frederic Coustols, levou a cabo um cuidado e meticuloso plano de recuperação e renovação do edifício, que lhe valeu um prémio de regeneração urbana, o RICS Award, atribuído em Outubro de 2000.
Hoje em dia, o Palácio oferece quartos confortáveis e requintados, decorados num estilo moderno conjugado com mobiliário e peças antigas. Cada um dos quartos foi baptizado com o nome de personalidades portuguesas ilustres. Assim, temos a suite Gil Vicente, escritor do século XVI, considerado o "pai" do teatro português; a suite Fernão Mendes Pinto, viajante e cronista do século XV; a suite Bartolomeu de Gusmão, padre conhecido pela invenção do balão de ar quente no século XVIII; a suite Agostinho da Silva, filósofo português contemporâneo; a suite padre Himalaya, jesuíta investigador, cientista e ecologista; e, por fim, três suites em homenagem a três heterónimos do poeta Fernando Pessoa: Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Álvaro de Campos.
(Algumas imagens são de Marc Vaz)