O Jardim Guerra Junqueiro, conhecido por Jardim da Estrela, constitui um dos elementos mais ricos do património natural e artístico da cidade de Lisboa. A elaboração deste jardim deve-se ao estadista Bernardo da Costa Cabral, que procurou criar um recinto onde se pudesse gozar horas de lazer e paz. Um donativo inicial do Barão de Barcelinhos e a colaboração da rainha D. Maria II permitiu a sua realização.
Em 1842 é iniciada a construção do Jardim da Estrela, mais tarde rebaptizado Jardim Guerra Junqueiro, em homenagem ao poeta. Espaço de concepção romântica à inglesa da autoria de Jean Bonnard e João Francisco, tem à sua frente a entrada principal da Basílica da Estrela, e outros dois portões, um para a Rua de S. Bernardo e outro para a Avenida Álvares Cabral.
No centro do jardim existe um coreto de ferro forjado que é o mais antigo de Lisboa. Este coreto tem a traça de José Luís Monteiro, tendo sido inaugurado em 1896 e restaurado em 1987, sendo o seu lugar original a Avenida da Liberdade.
Este espaço verde lisboeta tem uma abundante vegetação, onde se misturam dragoeiros, plátanos, coqueiro-dos-jardins, olaia, araucácias, árvore de borracha australiana, bela-sombra, bananeira, coqueiro-dos-jardins, entre outras espécies de flora. Na fauna destacam-se: os guarda-rios, pavões, cisnes, alvéola-cinzenta, periquito-de-colar, goraz ou garça nocturna.