A aldeia, ainda que muito transformada, mantém inúmeros pontos de interesse e um ambiente tradicional. Esquecendo as construções mais recentes, são disso exemplo a Igreja Matriz de Santa Maria da Visitação, do século IX, pré-românica, com o coro, a torre e a capela-mor construídos no século XVIII. O pelourinho é manuelino (1520). Da aldeia primitiva, com as cabanas cobertas de colmo e giestas, persistem algumas casas castrejas. Por aqui passava a via romana que de Castro Laboreiro ia a Bande, na Galiza, passando por Portos e Barreiras Brancas. Testemunho de uma religiosidade ancestral que remontará ao culto romano dos Lares ou às oferendas aos deuses da época neolítica, as alminhas em pedra contam-se às dezenas: podem ser vistas quer em Castro Laboreiro, quer em aldeias vizinhas, como Rodeiro. Na mesma zona e remontando ao período entre o IV e o II século a.C., não faltam testemunhos da civilização megalítica, expressos em dezenas de dólmenes espalhados pelo nordeste do planalto, num arco que se distribui pelas cumeadas que fazem fronteira com Espanha, de Portos (a leste de Castro Laboreiro) a Rodeiro (a nordeste).
Título: Típica aldeia minhota