A partir do século XVII, Elvas é forçada transformar-se numa das maiores praças fortes portuguesas. A cerca seiscentista foi projectada pelo jesuíta flamengo Cosmander e construída sob a direcção de Nicolau de Langres, Correia Lucas e Pedro Fernandes. Forma um polígono irregular, com sete baluartes, quatro meios-baluartes e um redente, ligados por cortinas de muralha. Havia três portas principais: da Esquina, de Olivença e de São Vicente que, até ao fim do século XIX, fechavam da meia-noite ao nascer do Sol. Neste sistema defensivo, viriam a integrar-se também os fortes de Santa Luzia e da Graça. Elvas sofreu o primeiro cerco de 1 a 8 de Dezembro de 1644 pelas tropas do Marquês de Torrecusa, mas resistiu graças à acção do Marquês de Alegrete e ao apoio do, ainda incompleto, Forte de Santa Luzia. A prova de fogo chegaria em Outubro de 1658, quando o conde-duque de Olivares pôr cerco à praça com 5000 cavaleiros e 14000 infantes. A braços com falta de gente e de comida, o governador, D. Sancho Manuel, pede socorro. A 14 de Janeiro de 1659, as forças concentradas em Estremoz pelo Conde de Castanheira e pelo General André de Albuquerque aproveitam o nevoeiro e irrompem pelo perímetro fortificado dos sitiantes, apanhando-os de surpresa. Assim terminava a Batalha das Linhas de Elvas, episódio decisivo da restauração da independência portuguesa. (Monumento Nacional)
Acessos e estacionamento: Estrada Nacional 246; na parte noroeste da antiga povoação. Comboios - Estação de Elvas.