Edifício mandado construir pelo pintor José Malhoa em 1895, que lhe serviu de residência depois da sua fixação em Figueiró dos Vinhos.
O autor do projecto foi o arquitecto Ernesto Reynaud, grande amigo do artista, que se encontrava na vila a reconstruir a igreja matriz.
Apesar das transformações de que foi alvo, ainda persistem nesta casa de dois pisos muitas das marcas originais, presentes por exemplo no quarto, na escada, na sala de estar, na porta de correr, nos azulejos e no caramachão (pavilhão revestido de verdura) do jardim.
As paredes rebocadas imitam o lavrado e a cor do tijolo, enquanto os cunhais e as molduras das janelas recortam-se em blocos de pedra rusticada. Já nas vergas e cornijas salientam-se os frisos de azulejos de Rafael Bordalo Pinheiro. No interior, merece destaque a sala da habitação, que abre para o alpendre, forrada a couro lavrado, a lareira e o tecto de madeira. Imóvel de Valor Cultural e Interesse Concelhio.