Abriu portas a 18 de Setembro de 2009. Está instalada num edifício da autoria do arquiteto Eduardo Souto de Moura, emblemático pelas suas altas pirâmides cor de tijolo. Um edifício marcante que acolhe 257 exemplares de Paula Rego, desde gravuras, serigrafias e litografias. O percurso expositivo encontra-se organizado a partir de critérios cronológicos que cruzam temáticas e técnicas em salas sequenciais. A pintora de narrativas conta histórias através da sua obra. Para além da exposição permanente, sujeita à rotatividade de algumas peças, realizam-se exposições temporárias que mudam a cada seis meses. Um espaço cosmopolita e descontraído, rodeado por um frondoso jardim com esplanada, um auditório com cerca de duzentos lugares e uma loja-livraria com merchandising e objetos inspirados na obra de Paula Rego.
Dia(s) de Encerramento: SegundasContamos-lhe a história da nova casa de Paula Rego, o espaço museológico nascido em Cascais que alberga a obra da mais famosa das artistas plásticas portuguesas. Enrede-se connosco nas suas narrativas e descubra o que este novo museu tem para oferecer.
Uma casa cosmopolita
É uma casa portuguesa, com certeza, que recupera aspectos da arquitectura histórica de Cascais. Mas podia ser de qualquer parte do mundo. E não faria sentido de outra maneira, quando dá corpo a um museu que consagra a obra mundialmente reconhecida de uma das maiores artistas contemporâneas portuguesas.
A cosmopolita Casa das Histórias Paula Rego ergueu-se em sítio privilegiado onde se concentram espaços e museus de interesse no panorama cultural de Cascais. É vizinha do Museu do Mar, do Centro Cultural de Cascais, do Museu Conde Castro de Guimarães, da Casa Sommer, da Cidadela e fica em frente ao agradável Parque Marechal Carmona.
Basta ver o edifício ao longe para percebermos a admiração em torno da obra arquitectónica de Eduardo Souto de Moura. Com o seu ar moderno, destaca-se na paisagem com o seu tom avermelhado, sem destoar dos naturais e dominantes verdes do frondoso jardim.
Os seus dois prismas erguem-se lado a lado, nascidos cuidadosamente de raiz, para integrar árvores centenárias que já por lá viviam. Percorremos o passadiço que nos leva à entrada ampla e reparamos no corrupio de gente a entrar e a sair numa hora improvável de um dia chuvoso de semana.
Não é portanto surpresa que este museu tenha já recebido a visita de mais de 50.000 pessoas em tão pouco tempo. Não fosse o estado do tempo e quase que adivinhávamos gente estendida no imenso relvado, a ler um livro.
2009-11-25
