Serpa situa-se na margem esquerda do rio Guadiana, numa ondulação de terreno com olivais que vai subindo progressivamente para sul até à serra de Serpa e para leste até à serra do Ficalho. A ocupação humana no seu território remonta à pré-história, tendo subsistido também vestígios romanos, visigóticos e árabes. Na sede do concelho, o pequeno núcleo muçulmano (ainda hoje fácil de identificar) é mesmo um dos principais pontos de interesse, sobretudo o antigo castelo mourisco. Actualmente, a branca e castiça vila é centro de uma zona rural que vive da agro-pecuária. É do leite de ovelha que nascem os queijos de Serpa, considerados uns dos melhores queijos artesanais portugueses. Na Páscoa realiza-se uma grande festa em honra de Nossa Senhora de Guadalupe, iniciando-se à meia-noite de sábado, com o chamado rebentar das aleluias e prolongando-se até terça-feira seguinte (dia de feriado municipal). Alguns museus da terra - como o Museu Etnográfico e o Museu Arqueológico - evocam, quer o passado local, quer as tradições e instrumentos do trabalho agrícola, mas o mais curioso é talvez o Museu do Relógio, único na Península Ibérica, que conta com um espólio de cerca de 2000 peças. Para ter uma visão geral de Serpa e do seu território, suba o monte de São Gens, junto à capelinha.
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