Workshop de Marinheiro – Lisboa

Quem vai ao mar avia-se em terra

Depois do bichinho que ficou do baptismo de vela que fizemos com a Treino de Mar resolvemos ser marinheiros de água doce num workshop para aprender o b-a-bá. São precisas apenas quatro horas para interpretar algumas situações que antes nos pareciam indecifráveis. Porque apita o cacilheiro duas vezes, qual o navio que tem prioridade no mar, porque têm as bóias dos rios diferentes formatos? Agora já sabemos.

Esta vida de marinheiro

Dez é o número de alunos presente nos workshops de marinheiro que a Treino de Mar realiza regularmente. O local onde os cursos são dados é a Doca do Espanhol, em Alcântara e o objectivo é assimilar conhecimentos básicos como as regras de navegação, de segurança e muitas mais.

Para começo de conversa é preciso saber quantas cartas existem e para que servem. Com oito anos já tira a de principiante que apenas dá para conduzir de dia uma embarcação até cinco metros de comprimento. Só de marinheiro há três tipos de carta onde itens como a idade, a embarcação, a área navegável, a distância e a potência do motor fazem a diferença.

Entre outras informações também aprendemos que géneros de motor existem e como pô-los a trabalhar, tudo isto no plano teórico, claro. Impossível, como calcula, é passar à frente de termos como bombordo, estibordo, proa, popa e seus significados. Daqui vai sair com o compêndio todo na ponta da língua.

Depois é sempre interessante saber o que é um cabo solteiro (não, não estamos a falar de um militar sem namorada) e que as voltas falidas ainda devem ser mordidas… Conhecimentos que se revelam essenciais principalmente na hora de atracar. Caso a matéria não esteja bem estudada pode ser um bicho-de-sete-cabeças acostar a favor do vento e da corrente, ao contrário do que poderia até pensar.

Paula Oliveira Silva 2011-11-02

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