Os tempos não estão fáceis. Ainda não se descobriu uma solução definitiva para a entropia e o stresse anda a pairar sobre os nossos corpos desde que o médico Hands Selye usou o termo na revista Nature, em 1936. Não se trata de uma mariquice moderna, os especialistas garantem que a comparar com os tempos actuais os homens das cavernas viviam num spa.
Parece que os focos de tensão a que então estavam sujeitos eram facilmente identificáveis: javalis, ataca, defende, este naco é meu, dá cá o naco, frio, calor, espinhos nos pés, enfim, uma vida cansativa mas simples. A sofisticação das sociedades actuais agraciou-nos com os sofás, os ténis Nike Air e os cobertores eléctricos, mas em compensação originou focos de tensão mais subtis e, na maior parte das vezes, invisíveis.
Perante isto, e para evitar as consequências nefastas do stresse no corpo e no espírito, é essencial arranjar tempo para relaxar. As formas são virtualmente infinitas e tão díspares como as variedades de alface no mercado. Deixamos-lhe aqui um pequeno guia com algumas ideias-semente. Depois é só consultar o Borda d'Água, lançar à terra e deixar germinar a beatitude.
Modalidades de relaxamento passivas
- Se acha que descontracção digna desse nome implica não mexer uma palha, tem de descobrir o maravilhoso mundo das massagens. É favor deitar-se na marquesa, abrir o menu e escolher uma técnica para relaxar dos pés - Reflexologia - à cabeça - Champi. Convém não esquecer o resto do corpo, a que pode oferecer uma experiência de Shiatsu, massagem Ayurvédica, Tui Na, Pedras Quentes, Thai Yoga ou as mais convencionais massagens Sueca, Desportiva e de Relaxamento. Procure o spa ou Centro de Bem-Estar mais perto de si e entregue a outras mãos a tarefa de retirar as tensões do corpo.
- Mais radical do que a massagem e igualmente passiva é a experiência do tanque de isolamento sensorial ou cabine de flutuação. A ideia é eliminar todos os estímulos sensoriais para mais facilmente se conectar com o interior, o que se consegue a flutuar numa cabine com água morna sem som nem luz. Está disponível no Bbalanced, em Lisboa, e no Spa do Hotel Lusitano, na Golegã, por exemplo.
- Para os adeptos de modalidades menos tecnológicas o melhor é a Meditação. Restam poucas dúvidas relativamente aos benefícios físicos e psicológicos da arte de controlar os pensamentos. Também aqui há vários métodos e não há mal nenhum em experimentar vários até encontrar o certo para si. Mergulhe de cabeça e empenhe-se em perder o pé. A União Budista Portuguesa, a Academia Brama Kumaris, a Ananda Marga ou o Centro de Yoga Sivananda são alguns locais onde pode aprender.
- O Watsu também não recorre a maquinetas. Combina a massagem shiatsu com a flutuação em água morna mas faz-se numa piscina e quem conduz o processo é o terapeuta. Só tem libertar o corpo e deixar-se ir... Pode fazer nas Termas de Sangemil, em Viseu, ou no Spatitude, em Lisboa.
Bárbara Bettencourt 2009-11-12