Sul Tejo Interior

Horizonte branco e dourado

Património Mundial da Unesco, Évora representa uma espécie de ideal de cidade média, capaz de conjugar motivos diversos para visitas sempre renovadas. Não é tanto a monumentalidade que impressiona o passeante, embora não faltem monumentos notáveis (Templo Romano, Sé Catedral) mas sim a suave harmonia das ruas e do traçado da urbe, com núcleo central na formosa Praça do Giraldo.
O viajante que a partir de Évora se disponha a percorrer mais deste Alentejo plano, branco e dourado, terá como destino certo Estremoz (a meio caminho não há de perder o altaneiro castelo de Évoramonte). Alvo burgo amuralhado que se avista da estrada, tem no Rossio o seu amplo centro rodeado de belos edifícios. À volta do castelo, dominado pela elegante torre de menagem em mármore, desenvolve-se a zona medieval intramuros. Reguengos tem duas referências marcantes: a olaria de São Pedro do Corval, de motivos regionais, e a labiríntica aldeia medieval de Monsaraz, miradouro amuralhado sobre o Alqueva. A escassos 100 km de Lisboa, Montemor-o-Novo tem como ex libris um bem conservado castelo. Mais perto ainda, Vendas Novas é sinónimo de um ícone da arte de bem petiscar: a bifana.
 
Pratos Típicos
A gastronomia alentejana é um caso sério nacional, famosa por pratos e produtos tão característicos como o pão, as açordas e as migas, as sopas e os ensopados, os enchidos e os pratos de caça. A Carta Gastronómica do Alentejo, apresentada em 2013, reúne nada menos que 1100 receitas. As ervas são fundamentais na confeção de muitas delas. Coentros, poejos, orégãos, alecrim, hortelã - poucas receitas dispensam estes temperos silvestres. A carne está em evidência (sobretudo porco, borrego e caça) e o peixe faz-se representar sobretudo pelo bacalhau e pelo cação, este último confecionado em sopa ou ensopado. Em paralelo, reinam os petiscos, as entradinhas, o mata-bicho, os entreténs. Há todo um vocabulário específico para designar a nobre arte de bem petiscar à alentejana, onde nunca podem faltar azeitonas, queijo e pão.
 
Em destaque:
Açorda à Alentejana
Do pouco se faz muito é um princípio básico da cozinha alentejana. A açorda, que tem origem na herança muçulmana, é bem o exemplo disso. Com pão duro, azeite, alho, sal, água e ervas (em geral coentros ou poejo) nasce uma especialidade consagrada.
 
Ensopado de Borrego
O porco e o borrego são as carnes mais consumidas na região. Embora hoje seja servido durante todo o ano, o borrego é a carne por excelência da Páscoa. A forma mais popular de o confecionar é em ensopado, prato simbólico da gastronomia alentejana que acompanha a carne com pão cortado em fatias finas.

Sopa de Tomate
Com ou sem ovo escalfado, a sopa de tomate é uma das principais sopas da cozinha alentejana. Não dispensa nem o pão nem os orégãos, o que faz dela uma iguaria exemplarmente alentejana.

Veja aqui os restaurantes onde poderá experimentar estes pratos regionais.
 
DOPs
Enchidos de Estremoz e Borba – IGP
Chouriço Grosso, Farinheira, Morcela, Paia, Paia de lombo, Paia de toucinho. Enchidos de sabor característico, sobretudo devido à influência do montado de sobro e azinho da região.
Área de produção: concelhos de Alandroal, Borba, Estremoz e Vila Viçosa.
 
Borrego de Montemor-o-Novo – IGP
Carne de borregos de raça Merino Branco, de sabor suave e característico
Área de produção: concelhos de Montemor-o-Novo, Évora, Arraiolos e Mora, no distrito de Évora.

Carne da Charneca DOP
Carne de bovinos da raça Preta (Gado da Terra), que pode apresentar-se como vitela ou novilho.
Área de produção: concelhos dos distritos de Portalegre, Santarém, Setúbal, Évora e Beja.

Carne Mertolenga DOP
Carne de bovinos da raça Mertolenga. Apresenta-se como vitela ou novilho.
Área de produção: distritos de Beja, Évora, Portalegre, Santarém e Setúbal.

Carne de Porco Alentejano DOP
Carne de porcos de raça alentejana, uma das mais emblemáticas da gastronomia nacional.
Área de produção: distrito de Évora, a quase totalidade dos distritos de Beja e Portalegre e grande parte do distrito de Setúbal.
 
Queijo de Évora - DOP
Queijo de ovelha da raça regional Merina Branca. É um queijo curado, de pasta dura ou semi-dura e cor amarelada. Sabor ligeiramente picante e ácido.
Área de produção:  concelhos de Alandroal, Arraiolos, Avis, Borba, Estremoz, Évora, Fronteira, Montemor-o-Novo, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Sousel, Vendas Novas, Viana do Alentejo e Vila Viçosa.


Veja aqui os restaurantes onde poderá experimentar estes pratos regionais.

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