Sommer Restaurante - Lisboa

Cozinha de fusão à portuguesa

É a mais recente aquisição da zona ribeirinha de Lisboa. Desde Setembro que o Sommer se dedica a reinventar a cozinha tradicional, ao jantar com um ambiente mais formal, durante o dia em versão descontraída.

Numa altura em que a concorrência dita a estratégias de marketing cada vez mais criativas para seduzir os consumidores, o Sommer Restaurante foca-se no essencial: qualidade na comida e no serviço. Sim, é certo que não há cães amestrados, nem espectáculos de luz e som, nem quaisquer outras manobras de diversão a seduzir os clientes com ahhs de espanto. As mesas e cadeiras têm quatro pernas, mas ora bolas, um restaurante não tem de nos entreter com bizarrias e números circenses, basta que nos surpreenda o palato. Dito isto, não se pense que não há quaisquer surpresas neste Sommer. O espaço, vestido em tons laranja, é moderno e confortável. A ementa, com a chancela do chef Pedro Sommer Ribeiro, não é gigante na oferta - dois ou três pratos de carne, mais outros tantos de peixe, risottos e massas - mas compensa na originalidade e boa confecção. A abrir, um paté de abóbora com gengibre, canela e pó de azeitona entretém com eficácia até se decidirem as entradas, uns peixinhos da horta em tempura de cerveja com molho tártaro (€4,30) ou umas vieiras salteadas sobre puré de batata doce e alface acelga (€7,50).

O caminho a seguir depois só depende de si. Para a esquerda, ao encontro de um linguini com queijo de Serpa (€12) ou para a direita até ao risotto à bulhão pato com camarão (€14,50). Pode sempre seguir em frente em direcção ao Sommer Bitok, um bife do lombo com cogumelos, ovo de codorniz a cavalo e batata frita que num mundo ideal haveria em qualquer tasca. Os menos ‘carnófilos’ farão bem em estacionar no taco de bacalhau meio curado sobre esmagada de batata a saber a alecrim (14,80). Não há como enganar, mas se precisar de orientação, diga. O serviço é outra das grandes apostas e é garantido que nem na mesa mais remota ficará esquecido. Em qualquer caso, pode sempre trocar umas ideias com o chef. Pedro Sommer Ribeiro faz parte da nova geração de chefs apostada em exercer maior criatividade na cozinha. Formou-se na Escola de Hotelaria do Estoril, arejou ideias na Áustria e na Inglaterra, voltou para o Ritz e ainda passou pelo Bairro Alto Hotel. Agora cozinha em casa própria no Sommer, um projecto de casal a meias com a mulher Sarah que dá conta das relações públicas do espaço.

Bárbara Bettencourt 2009-01-07

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