SemSim – Lisboa

Sem (se)não.

Um loja de artesanato urbano que funciona também como bar e que vende malas feitas a partir de embalagens de café ou discos de vinil que já não põem música mas dão as horas. Se pensa que a bota não bate com a perdigota, dê um pulo à Sem Sim, no Bairro Alto. Talvez mude de ideias...

Nos últimos sete anos, quem tem dobrado a esquina onde a Rua da Atalaia se cruza com a Travessa da espera, mesmo em frente ao Mahjong, tem encontrado um universo à parte. Tudo com um look cool muito actual. E aqui todos são bem-vindos: “cães e velhos, empregados dos correios, romenos e pretos, gays e analfabetos, músicos e artistas, escritores e jornalistas (nós confirmamos), gajos de Chelas e outros suburbanos, estropiados de guerra e marcianos, desempregados e doentes, crianças e adolescentes, polícias e ladrões, portugueses e espiões, executivos e políticos, militares e paralíticos, funcionários públicos e clientes, putas e outras gentes”. Não somos que dizemos: www.semsim.net.

Uma mão cheia de ideias

As t-shirts são da Estados D’Alma, a joalharia é assinada pela artista Teresa Milheiro e alguma já foi em tempos parte integrante de pratos de bateria, as malas já foram estofos de automóveis e os espanta-espíritos já foram atacadores de sapato, uma série de jornais velhos se bem enrolados podem fazer um confortável puf e o alcatrão pode converter-se em estátuas de santos. Reciclar, reutilizar e reinventar. Eis as três palavras-chave que dominam as grandes tendências dos objectos que aqui podemos encontrar. Contam-se pelos dedos das mãos os objectos que não foram fruto de um processo de reciclagem. Fora com a produção em série, aqui cada peça é única.

Andreia Melo 2008-06-12

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