I - ABERTURA
Uma grande floresta
A ilha é toda ela um religioso encanto:
Oh, fragas imortais! Oh, florestas imensas
Ao vento a baloiçar! Oh, espessuras densas,
Vales, ermos sem fim! Jardins de Babilónia
Suspensos sobre o mar!
Diz-se que logo encontradas, logo povoadas. Serviram a Madeira e Porto Santo (a primeira do arquipélago a ser achada) de rampa de lançamento para as Descobertas, constituindo uma base de apoio que dista um milhar de quilómetros de Lisboa e sensivelmente o mesmo dos Açores.
Mas já existiam cartas mais antigas onde constavam as ilhas, entre as quais a de Dulcert (1339). Nelas inscrevia-se Legname (Madeira), pois era no fundo uma grande floresta. Como havia muito funcho, que descia até à rocha, chamou-se à cidade Funchal.
De origem vulcânica, o arquipélago fica um pouco a sul do continente, e inclui também as ilhas Desertas e as Selvagens. A Madeira é claramente a maior das ilhas, com 796 km2. ++
II - ROTEIRO DE SABORES
Pérola do Atlântico lhe chamaram em tempos e o cognome ficou, fazendo jus à beleza da ilha. À paisagem quase luxuriante, o madeirense contrapõe uma cozinha frugal assente nas sopas, e em torno de dois ou três pratos básicos acompanhados preferencialmente com milho: nos peixes, o espada e o atum; nas carnes, a espetada e a vinha de alhos. Quanto aos doces, domina o bolo de mel, conhecido como bolo da Madeira, e cuja composição lembra, simultaneamente, as viagens de descobrimento dos portugueses e a influência inglesa na ilha.
Sopas
Peixes e moluscos
Carnes
Doçaria
Sabor a Festa
Autores: Maria Alexandre Lousada e Maria José Aurindo 2009-11-18