Risoterapia

Faz bem a tudo!

Rir é um assunto sério, tão sério que já se converteu em terapia com direito a aulas, cursos e até um dia mundial do riso. Não é para menos, as maçãs fazem bem mas parece que uma gargalhada por dia também afasta o médico de casa. E não tem bicho.

Apesar das investigações indicarem que não somos o único mamífero que ri, nomeadamente em contexto de brincadeira, é inegável que o sentido de humor humano é altamente complexo e sofisticado. Existe até uma Escala Multidimensional do Humor e parece que níveis altos correspondem não só a baixos índices de depressão como até, pasme-se, a maior longevidade. É consensual que rir relaxa, diminui a ansiedade e reforça o sistema de defesa imunitário.

Riso amarelo, humor negro, desbragado ou non-sense, seja qual for o seu estilo o importante é arranjar maneira de exercitá-lo esta semana. Com treino até as situações mais dramáticas podem ser fonte de piadas engraçadas, a receita certa para uma vida mais colorida.

- Assista a uma comédia. Se as ofertas no cinema forem todas lacrimosas recorra ao clube de vídeo e sirva-se de humor à la carte. Dos clássicos Costa do Castelo e Butch Cassidy até ao humor inglês dos Monthy Phyton e Blackaddder passando pela brejeirice do Jim Carrey há opções para todos os gostos.

- Junte um grupo de amigos para contar anedotas. Não se fala de mais nada, efeito contagiante garantido.

-Faça palhaçadas, pregue partidas, surrealize por aí. Diga que tem prescrição médica se for preciso. Meta um nariz de palhaço no emprego, fale o dia inteiro com um sotaque. Encoraje os colegas a fazer uma dança de cadeiras sincronizada.

- Organize sessões de cócegas com cônjuges, namorados e afins. Além de promover a intimidade…é divertido e trabalha os músculos abdominais.

Finja, finja, até que atinja!

Já deve ter ouvido falar do yoga do riso? Não? Então está em boa altura de experimentar. Esta terapia inventada pelo indiano Madam Kataria baseia-se no poder do riso para desbloquear emoções reprimidas. Aqui não se procuram razões para rir. Não há comédias, gracinhas ou piadolas. Tudo começa com um sorriso de hiena, amarelo tártaro, tão falso como dinheiro de chocolate. Durante 15 a 20 minutos ri-se de forma assumidamente artificial, sem medo. Tolo?

Bárbara Bettencourt 2009-02-18

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