Restaurante Apertazeite – Campo Maior

O pai, o filho e o Espírito Santo

Muito se falou sobre o azeite ao longo dos séculos. E se uns povos se renderam às suas propriedades terapêuticas, já outros entregaram-se ao seu aroma e sabor. Produto com características místicas, serve também para representar o Espírito Santo cristão. Actualmente, uma boa dieta mediterrânica não passa sem ele. E a gastronomia alentejana do Apertazeite também não…

O pai é Rui Nabeiro, o nome por detrás da empresa que, em Campo Maior, gere uma adega, vinhas, um hotel, restaurantes e negócios satélites. Mas é o seu filho, João Nabeiro, quem dá a cara pelo projecto Apertazeite. Este antigo lagar alentejano já vestiu vários uniformes nos últimos 14 anos – sede de clube recreativo, café concerto, discoteca – mas foi de avental que viu a sua fama (e proveito) crescer, sempre sem esquecer as suas raízes. À porta do restaurante, uma mó anuncia que está no sítio certo.

A Oriente de Campo Maior

A carta tem um conceito, apesar da profusão de sabores que nela se reúnem, dos ambientes já não se pode dizer o mesmo. O restaurante tem quatro espaços diferentes. À entrada cruzam-se as culturas ocidental e oriental. Se a configuração do espaço nos é familiar, com mesas rectangulares colocadas em paralelo umas com as outras, os motivos que o decoram transportam-nos para paragens distantes. Impera a simplicidade neste primeiro espaço, por contraste ao segundo, onde o requinte já se senta à mesa.

De um lado superfícies espelhadas, de outro paredes rugosas pintadas em tons de vermelho. Assim se recebem os comensais nesta segunda sala. Junto às mesas, um antigo um moinho de azeitonas testemunha o passado desta casa e co-habita com aparadores clássicos e peças de cerâmica japonesas para criar um ambiente entre o cosmopolita e o kitsch.

Andreia Melo 2011-07-27

Receba as melhores oportunidades no seu e-mail
Registe-se agora